Ladrão amarrado e deixado nu em Botafogo
por NATALIA VON KORSCH
Após tentar roubar uma moto, assaltante é alcançado por motociclistas, que arrancam suas roupas e o prendem a uma barra de ferro até a chegada da polícia. Delegado critica atitude e investiga se houve constrangimento ilegal
Rio - Um bandido terminou, literalmente, com uma mão na frente e outra atrás após tentativa de assalto frustrada na manhã de sábado, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Morador do Vidigal, Ricardo Pereira de Araújo, 28 anos, teve suas roupas arrancadas por um grupo de dez motociclistas do qual tentara roubar uma motocicleta, por volta das 10h20. Totalmente nu, ele ainda foi amarrado a uma barra de ferro fincada na calçada até a chegada da polícia.
Segundo um membro do grupo, que seguiria viagem para Teresópolis, a ação foi apenas para se certificar de que o bandido não estava armado e não tentaria fugir. Ricardo permaneceu deitado de bruços no chão por cerca de 40 minutos, na Avenida Pasteur. Enquanto isso, curiosos tiravam fotos e riam do desfecho do ataque.
O delegado-adjunto da 12ª DP (Copacabana), Antônio Furtado, repudiou a ação dos motociclistas e iniciou investigação do caso. “O Estado e o particular têm o dever de agir de forma a preservar os direitos fundamentais de qualquer pessoa, inclusive de um bandido. Uma coisa é tirar a roupa do suspeito para revistá-lo e colocar de novo, outra é deixar o camarada nu no meio da rua”, disse o delegado, acrescentando que os envolvidos podem ser condenados a uma pena de três meses a um ano de detenção:
“Se ficar comprovado que eles agiram com a intenção de submeter o bandido à humilhação pública, podem ser indiciados pelo crime de constrangimento ilegal”.
A polícia investiga a informação de testemunhas de que dois bombeiros do 1º Grupamento Marítimo — situado próximo ao local da detenção — teriam ajudado a tirar as roupas do assaltante. Um guarda municipal também teria passado pelo local. Os três, no entanto, teriam se retirado rapidamente, deixando o bandido com os motociclistas.
No momento do assalto, o bandido estava com um comparsa, que estaria armado e fugiu de moto. Motociclistas conseguiram alcançar Ricardo porque ele não conseguiu ligar uma moto BMW roubada. O assaltante e o cúmplice são suspeitos de pertencer a uma quadrilha que rouba motocicletas na Zona Sul. O preso foi reconhecido na delegacia pela vítima de um assalto ocorrido minutos antes da confusão, no Leme. Com Ricardo, havia três celulares e R$ 900.
Após tentar roubar uma moto, assaltante é alcançado por motociclistas, que arrancam suas roupas e o prendem a uma barra de ferro até a chegada da polícia. Delegado critica atitude e investiga se houve constrangimento ilegal
Rio - Um bandido terminou, literalmente, com uma mão na frente e outra atrás após tentativa de assalto frustrada na manhã de sábado, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Morador do Vidigal, Ricardo Pereira de Araújo, 28 anos, teve suas roupas arrancadas por um grupo de dez motociclistas do qual tentara roubar uma motocicleta, por volta das 10h20. Totalmente nu, ele ainda foi amarrado a uma barra de ferro fincada na calçada até a chegada da polícia.
Segundo um membro do grupo, que seguiria viagem para Teresópolis, a ação foi apenas para se certificar de que o bandido não estava armado e não tentaria fugir. Ricardo permaneceu deitado de bruços no chão por cerca de 40 minutos, na Avenida Pasteur. Enquanto isso, curiosos tiravam fotos e riam do desfecho do ataque.
O delegado-adjunto da 12ª DP (Copacabana), Antônio Furtado, repudiou a ação dos motociclistas e iniciou investigação do caso. “O Estado e o particular têm o dever de agir de forma a preservar os direitos fundamentais de qualquer pessoa, inclusive de um bandido. Uma coisa é tirar a roupa do suspeito para revistá-lo e colocar de novo, outra é deixar o camarada nu no meio da rua”, disse o delegado, acrescentando que os envolvidos podem ser condenados a uma pena de três meses a um ano de detenção:
“Se ficar comprovado que eles agiram com a intenção de submeter o bandido à humilhação pública, podem ser indiciados pelo crime de constrangimento ilegal”.
A polícia investiga a informação de testemunhas de que dois bombeiros do 1º Grupamento Marítimo — situado próximo ao local da detenção — teriam ajudado a tirar as roupas do assaltante. Um guarda municipal também teria passado pelo local. Os três, no entanto, teriam se retirado rapidamente, deixando o bandido com os motociclistas.
No momento do assalto, o bandido estava com um comparsa, que estaria armado e fugiu de moto. Motociclistas conseguiram alcançar Ricardo porque ele não conseguiu ligar uma moto BMW roubada. O assaltante e o cúmplice são suspeitos de pertencer a uma quadrilha que rouba motocicletas na Zona Sul. O preso foi reconhecido na delegacia pela vítima de um assalto ocorrido minutos antes da confusão, no Leme. Com Ricardo, havia três celulares e R$ 900.
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