Viajando na viagem
Que nós gostamos de viajar de moto,isso é fato.
Que preferimos pegar o caminho mais longo, só para estender a viagem um pouco mais, também não é novidade.
Que adoramos falar de moto, viagem de moto, mecânica de moto, novas motos, velhas motos, nossas motos, todo mundo sabe.
Existe uma coisa que nesses anos pilotando quase nunca ouvi, é sobre aquele momento, em que estamos no meio da estrada, só você e a moto, você e seus pensamentos dentro do capacete, isso ninguém comenta.
Você sai de casa, atravessa a cidade e pega estrada, pensando em sei lá o quê. Conversando consigo sobre os mais estapafúrdios assuntos. Muitas vezes coisas que ninguém imagina, as contas do mês, o quanto seu chefe te irritou, a última briga com sua(seu) companheira(o), como vai ser quando chegar no local, se vai chover, enfim uma porção de coisas. Tem gente até que canta, seja para espantar o sono,ou simplesmente para se entreter enquanto viaja.
Nesse percurso tem um momento, que é igual para todos.
É quando você para de pensar nos “e se…” da vida, para de conversar consigo, e na cabeça e no capacete só o silêncio. Sua mente transcende aquele espaço físico e você se torna um ser só com a moto. Os músculos relaxam, a tensão vai embora, e você começa a fazer as curvas cada vez mais em sintonia com a estrada. Deita na medida certa, faz o contra-esterço perfeito, só você, a moto e o som do motor uivando no capacete.
É exatamente nesse momento que mora a real liberdade, ali onde ninguém mais além de você pode chegar. Rapidamente se esquece da velocidade e dos riscos, o importante é a estrada e unicamente a estrada. Você já está fundido à sua máquina, como uma cirurgia absurda de um filme B de ficção científica.
Isso não importa, você continua acelerando, curva após curva, e é exatamente nesse momento que se tem o despertar da consciência. Você não quer mais deixar essa sensação escapar, pois é uma das melhores sensações que já sentiu na vida, e é exatamente por isso, que mesmo sujo, cansado, com sono e com fome, molhado, com frio, ao chegar no destino, você sente que falta algo, mas é algo que só a estrada poderia te dar.
É algo que mesmo tentando, não conseguimos explicar para quem nunca pilotou uma moto, e para quem pilota, nenhuma explicação é necessária.
Por Roberto Torres
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Que preferimos pegar o caminho mais longo, só para estender a viagem um pouco mais, também não é novidade.
Que adoramos falar de moto, viagem de moto, mecânica de moto, novas motos, velhas motos, nossas motos, todo mundo sabe.
Existe uma coisa que nesses anos pilotando quase nunca ouvi, é sobre aquele momento, em que estamos no meio da estrada, só você e a moto, você e seus pensamentos dentro do capacete, isso ninguém comenta.
Você sai de casa, atravessa a cidade e pega estrada, pensando em sei lá o quê. Conversando consigo sobre os mais estapafúrdios assuntos. Muitas vezes coisas que ninguém imagina, as contas do mês, o quanto seu chefe te irritou, a última briga com sua(seu) companheira(o), como vai ser quando chegar no local, se vai chover, enfim uma porção de coisas. Tem gente até que canta, seja para espantar o sono,ou simplesmente para se entreter enquanto viaja.
Nesse percurso tem um momento, que é igual para todos.
É quando você para de pensar nos “e se…” da vida, para de conversar consigo, e na cabeça e no capacete só o silêncio. Sua mente transcende aquele espaço físico e você se torna um ser só com a moto. Os músculos relaxam, a tensão vai embora, e você começa a fazer as curvas cada vez mais em sintonia com a estrada. Deita na medida certa, faz o contra-esterço perfeito, só você, a moto e o som do motor uivando no capacete.
É exatamente nesse momento que mora a real liberdade, ali onde ninguém mais além de você pode chegar. Rapidamente se esquece da velocidade e dos riscos, o importante é a estrada e unicamente a estrada. Você já está fundido à sua máquina, como uma cirurgia absurda de um filme B de ficção científica.
Isso não importa, você continua acelerando, curva após curva, e é exatamente nesse momento que se tem o despertar da consciência. Você não quer mais deixar essa sensação escapar, pois é uma das melhores sensações que já sentiu na vida, e é exatamente por isso, que mesmo sujo, cansado, com sono e com fome, molhado, com frio, ao chegar no destino, você sente que falta algo, mas é algo que só a estrada poderia te dar.
É algo que mesmo tentando, não conseguimos explicar para quem nunca pilotou uma moto, e para quem pilota, nenhuma explicação é necessária.
Por Roberto Torres
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