Puna-se o sofá!!!
Diz uma velha anedota que o marido traído todos os dias pela mulher no sofá da sala de casa tentou resolver o problema livrando-se do sofá. É o que propõe o Govenador do Estado do Rio de Janeiro, Sr. Sergio Cabral Filho, com a idéia de proibir os motociclistas de transportar pessoas na garupa de suas motocicletas. Ao optar por "extinguir" o espaço para o garupa e não o bandido que eventualmente a ocupa, o Governador mostra que, apesar de estar muito preocupado com a questão da segurança, segue o mesmo caminho de vários outros políticos brasileiros - não vai direto ao ponto.
Todos os dias vemos nas ruas motos com placas tortas, cobertas ou mesmo sem placas, pilotos sem capacete com ou sem garupa na mesma condição e veículos de duas rodas em estado tão ruim que mal podem ser chamados de motocicletas. Isso tudo sem contar as motos que são roubadas e devolvidas somente mediante pagamento de resgate - é o "sequestro de motos", uma modalidade que só deve existir aqui. Onde isso tudo acontece ? Somente as autoridades não vêem ou não querem ver.
O motociclista/motoqueiro de verdade, aquele que usa sua motocicleta para trabalhar ou para passear, pode até estar em atraso com o pagamento de seu IPVA ou seguro obrigatório - que, aliás, acaba de aumentar pelo terceiro ano seguido sem a mínima explicação convincente. Mas dificilmente andará com placa adulterada ou capacete irregular, sob pena de perder seu instrumento de trabalho ou de lazer.
Neste país em que o Presidente da República nada sabe, o Congresso é uma confraria, as estradas são trilhas lunares e absolutamente tudo depende de conchavos, precisamos de gente que tenha coragem para tentar resolver os problemas de fato. Assim como qualquer cidadão de bem, os motociclistas e motoqueiros de verdade querem políticos com bom-senso, coragem e honestidade, uma polícia militar valorizada, bem-treinada e bem-remunerada, uma guarda municipal que faça algo mais além de multar e ruas e estradas adequadamente transitáveis - o que obviamente exclui radares eletrônicos em áreas de risco.
Em resumo, queremos aquilo a que todo cidadão tem direito. E que, no final das contas, não deveria ser tão difícil de conseguir, não fosse a incrível incompetência das autoridades em todas as esferas. O estado de direito deve ser parte da solução e não do problema, como acontece no Brasil. E, particularmente, no Rio de Janeiro - a cidade onde absolutamente nada funciona.
por Beto Kahena
Motociclista independente e colaborador oficial da Federação dos Moto Clubes do Estado do Rio de Janeiro (FMCRJ)
(Mensagem aprovada pela presidência da FMCRJ)
Todos os dias vemos nas ruas motos com placas tortas, cobertas ou mesmo sem placas, pilotos sem capacete com ou sem garupa na mesma condição e veículos de duas rodas em estado tão ruim que mal podem ser chamados de motocicletas. Isso tudo sem contar as motos que são roubadas e devolvidas somente mediante pagamento de resgate - é o "sequestro de motos", uma modalidade que só deve existir aqui. Onde isso tudo acontece ? Somente as autoridades não vêem ou não querem ver.
O motociclista/motoqueiro de verdade, aquele que usa sua motocicleta para trabalhar ou para passear, pode até estar em atraso com o pagamento de seu IPVA ou seguro obrigatório - que, aliás, acaba de aumentar pelo terceiro ano seguido sem a mínima explicação convincente. Mas dificilmente andará com placa adulterada ou capacete irregular, sob pena de perder seu instrumento de trabalho ou de lazer.
Neste país em que o Presidente da República nada sabe, o Congresso é uma confraria, as estradas são trilhas lunares e absolutamente tudo depende de conchavos, precisamos de gente que tenha coragem para tentar resolver os problemas de fato. Assim como qualquer cidadão de bem, os motociclistas e motoqueiros de verdade querem políticos com bom-senso, coragem e honestidade, uma polícia militar valorizada, bem-treinada e bem-remunerada, uma guarda municipal que faça algo mais além de multar e ruas e estradas adequadamente transitáveis - o que obviamente exclui radares eletrônicos em áreas de risco.
Em resumo, queremos aquilo a que todo cidadão tem direito. E que, no final das contas, não deveria ser tão difícil de conseguir, não fosse a incrível incompetência das autoridades em todas as esferas. O estado de direito deve ser parte da solução e não do problema, como acontece no Brasil. E, particularmente, no Rio de Janeiro - a cidade onde absolutamente nada funciona.
por Beto Kahena
Motociclista independente e colaborador oficial da Federação dos Moto Clubes do Estado do Rio de Janeiro (FMCRJ)
(Mensagem aprovada pela presidência da FMCRJ)
<< Página inicial