Um monumento à ignorância e a discriminação
por Jovi
São Paulo é uma cidade rica em empreendimentos imobiliários de alto padrão. Os centros empresariais existentes na capital são os mais modernos do país em estrutura e serviços, afinal eles abrigam as maiores empresas do Brasil.
Um dos mais modernos edifícios da cidade é o Edifício Plaza Centenário, também conhecido como Robocop, em função do projeto inovador e de alto grau técnológico. O Plaza centenário é um dos mais "inteligentes" edifícios de São Paulo. O empreendimento oferece ambiente muito profissional, corporativo e eficiente, segundo seus administradores.
Porém, na prática, a inteligência do prédio é superada pela ignorância de administradores e profissionais que prestam serviços ao condomínio. Naquele empreendimento inovador fui vítima de uma forma de preconceito muito comum na cidade, afinal, sou motociclista.
É certo que que a sociedade e seus políticos ainda não estão prontos para lidar com essa "horda de motociclistas que aumentam à cada dia", mesmo sendo eles parte dela. Médicos, advogados, entregadores, corretores, bancários, vendedores e muitos outros deixam de ser profissionais e, principalmente as pessoas, que são se em suas mãos segurarem um capacete? Parece que esta é a compreensão de seguranças mal treinados vestindo ternos pretos.
Fui discriminado pelos seguranças do condomínio no dia 03/06/2008 por estar com minha motocicleta na área de embarque e desembarque aguardando minha esposa que trabalha no edifício.
O chefe da segurança em tom ríspido de intimidação me solicitou estacionar a motocicleta no mezanino dedicado ao estacionamento dos motoboys que prestam serviços às empresas do edifício.
Ao argumentar que não estava naquele local para prestar qualquer serviço ou tampouco realizar entregas, fui cercado por vários seguranças que solicitavam minha saída da área de embarque e desembarque alegando que as normas do condomínio proibem a parada de motocicletas naquele local, ainda que é permitida a utilização por carros e até mesmo vans.
O local não possui placa indicando a proibição do uso das motos para embarque e desembarque, e, segundo o chefe da segurança, a placa não se faz necessário por que somente a informação dele ou de qualquer outro segurança já seria suficiente. Até pessoas da brigada de incêndio me cercaram na porta do edifício complementando o ato discriminatório e desnecessário.
Com o trânsito da cidade de São Paulo quebrando recordes diários, os níveis de poluição aumentando continuadamente e a cidade beirando o caos, essa é a resposta que temos para os motociclistas: persegui-los com discriminação e ignorância. Se a busca por eficiência e profissionalismo pregada pelos idealizadores desse belo projeto arquitetônico deve ser alcançada com intimidação, preconceito e discriminação estamos retrocedendo no tempo.
Será que um dos cartões postais da cidade é também um monumento à ignorância?
São Paulo é uma cidade rica em empreendimentos imobiliários de alto padrão. Os centros empresariais existentes na capital são os mais modernos do país em estrutura e serviços, afinal eles abrigam as maiores empresas do Brasil.
Um dos mais modernos edifícios da cidade é o Edifício Plaza Centenário, também conhecido como Robocop, em função do projeto inovador e de alto grau técnológico. O Plaza centenário é um dos mais "inteligentes" edifícios de São Paulo. O empreendimento oferece ambiente muito profissional, corporativo e eficiente, segundo seus administradores.
Porém, na prática, a inteligência do prédio é superada pela ignorância de administradores e profissionais que prestam serviços ao condomínio. Naquele empreendimento inovador fui vítima de uma forma de preconceito muito comum na cidade, afinal, sou motociclista.
É certo que que a sociedade e seus políticos ainda não estão prontos para lidar com essa "horda de motociclistas que aumentam à cada dia", mesmo sendo eles parte dela. Médicos, advogados, entregadores, corretores, bancários, vendedores e muitos outros deixam de ser profissionais e, principalmente as pessoas, que são se em suas mãos segurarem um capacete? Parece que esta é a compreensão de seguranças mal treinados vestindo ternos pretos.
Fui discriminado pelos seguranças do condomínio no dia 03/06/2008 por estar com minha motocicleta na área de embarque e desembarque aguardando minha esposa que trabalha no edifício.
O chefe da segurança em tom ríspido de intimidação me solicitou estacionar a motocicleta no mezanino dedicado ao estacionamento dos motoboys que prestam serviços às empresas do edifício.
Ao argumentar que não estava naquele local para prestar qualquer serviço ou tampouco realizar entregas, fui cercado por vários seguranças que solicitavam minha saída da área de embarque e desembarque alegando que as normas do condomínio proibem a parada de motocicletas naquele local, ainda que é permitida a utilização por carros e até mesmo vans.
O local não possui placa indicando a proibição do uso das motos para embarque e desembarque, e, segundo o chefe da segurança, a placa não se faz necessário por que somente a informação dele ou de qualquer outro segurança já seria suficiente. Até pessoas da brigada de incêndio me cercaram na porta do edifício complementando o ato discriminatório e desnecessário.
Com o trânsito da cidade de São Paulo quebrando recordes diários, os níveis de poluição aumentando continuadamente e a cidade beirando o caos, essa é a resposta que temos para os motociclistas: persegui-los com discriminação e ignorância. Se a busca por eficiência e profissionalismo pregada pelos idealizadores desse belo projeto arquitetônico deve ser alcançada com intimidação, preconceito e discriminação estamos retrocedendo no tempo.
Será que um dos cartões postais da cidade é também um monumento à ignorância?
Em discussão no tópico:
http://www.motoscustom.com.br/forum/viewtopic.php?t=291
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