Ciclorrota vai ligar Parques Villa-Lobos e da Água Branca
por CAIO DO VALLE - O Estado de S.Paulo
Duas novas ciclorrotas serão inauguradas neste mês em São Paulo, dobrando o número de quilômetros de vias na cidade em que o tráfego entre carros e bicicletas é compartilhado. Os novos trajetos em que ciclistas deverão ter prioridade ficam na Lapa, na zona oeste, e na Mooca, na zona leste. Parte dos percursos passa por vias movimentadas e grandes cruzamentos, o que pode trazer riscos.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que escolheu os traçados com base em um mapeamento que identificou pontos onde o uso das bicicletas já é consagrado. "A ideia é que as pessoas que fazem pequenas viagens dentro dos bairros, como para ir à padaria ou levar os filhos à escola, usem essas vias para andar de bicicleta, em vez de carro", diz a gerente de Planejamento da CET, Daphne Savoy. As novas rotas devem ser abertas na segunda quinzena.
Somados, os trechos chegam a 26 km. Atualmente, as três ciclorrotas já abertas - no Brooklin, em Moema, ambos na zona sul, e no Butantã, na zona oeste - têm juntas 22 km de extensão. Com 18 km, o circuito da Lapa conectará os Parques Villa-Lobos e da Água Branca, passando pelas Ruas Duarte da Costa, Fábia e Coriolano. Também serão usados trechos de vias de grande movimento, incluindo a Avenida Pio 11 e as Ruas Padre Chico e Turiaçu.
Na Mooca, o trajeto de 8 km ligará o Centro Educacional da Mooca ao Sesc Belenzinho, passando pela Avenida Cassandoca e a Rua Tobias Barreto.
O engenheiro de tráfego Sergio Ejzenberg apoia o conceito, mas faz ressalvas quanto à aplicação em vias com grande fluxo. "É preciso mudar a concepção de onde colocá-las. De preferência, escolher locais que sejam mais sossegados e tenham menos trânsito de caminhões e ônibus." Segundo ele, além da segurança, há o problema de se estar pedalando perto de grandes emissores de poluentes.
Já a cicloativista Renata Falzoni defende que o conceito seja levado também para os pontos com tráfego mais pesado. "A cidade inteira tem de se adequar à movimentação dos ciclistas. Onde hoje o trânsito é carregado e rápido, deve-se diminuir a velocidade, quer os motoristas queiram ou não." Ela diz que as ciclorrotas reforçam o respeito às bicicletas, previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Diferentemente das ciclovias e das ciclofaixas, não há separação física ou indicação da área destinada às bicicletas. Nas vias onde ela funciona, a recomendação é para que os ciclistas fiquem sempre à direita e nunca andem na contramão. A CET pinta no piso dessas vias bicicletas estilizadas no asfalto, para lembrar os motoristas da prioridade de quem está pedalando. Também são instaladas placas de alerta.
Análise. De acordo com a CET, nos cruzamentos e trechos mais movimentados será feita uma avaliação do respeito dos veículos à regra. Se houver problemas, a sinalização será reforçada.
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Duas novas ciclorrotas serão inauguradas neste mês em São Paulo, dobrando o número de quilômetros de vias na cidade em que o tráfego entre carros e bicicletas é compartilhado. Os novos trajetos em que ciclistas deverão ter prioridade ficam na Lapa, na zona oeste, e na Mooca, na zona leste. Parte dos percursos passa por vias movimentadas e grandes cruzamentos, o que pode trazer riscos.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que escolheu os traçados com base em um mapeamento que identificou pontos onde o uso das bicicletas já é consagrado. "A ideia é que as pessoas que fazem pequenas viagens dentro dos bairros, como para ir à padaria ou levar os filhos à escola, usem essas vias para andar de bicicleta, em vez de carro", diz a gerente de Planejamento da CET, Daphne Savoy. As novas rotas devem ser abertas na segunda quinzena.
Somados, os trechos chegam a 26 km. Atualmente, as três ciclorrotas já abertas - no Brooklin, em Moema, ambos na zona sul, e no Butantã, na zona oeste - têm juntas 22 km de extensão. Com 18 km, o circuito da Lapa conectará os Parques Villa-Lobos e da Água Branca, passando pelas Ruas Duarte da Costa, Fábia e Coriolano. Também serão usados trechos de vias de grande movimento, incluindo a Avenida Pio 11 e as Ruas Padre Chico e Turiaçu.
Na Mooca, o trajeto de 8 km ligará o Centro Educacional da Mooca ao Sesc Belenzinho, passando pela Avenida Cassandoca e a Rua Tobias Barreto.
O engenheiro de tráfego Sergio Ejzenberg apoia o conceito, mas faz ressalvas quanto à aplicação em vias com grande fluxo. "É preciso mudar a concepção de onde colocá-las. De preferência, escolher locais que sejam mais sossegados e tenham menos trânsito de caminhões e ônibus." Segundo ele, além da segurança, há o problema de se estar pedalando perto de grandes emissores de poluentes.
Já a cicloativista Renata Falzoni defende que o conceito seja levado também para os pontos com tráfego mais pesado. "A cidade inteira tem de se adequar à movimentação dos ciclistas. Onde hoje o trânsito é carregado e rápido, deve-se diminuir a velocidade, quer os motoristas queiram ou não." Ela diz que as ciclorrotas reforçam o respeito às bicicletas, previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Diferentemente das ciclovias e das ciclofaixas, não há separação física ou indicação da área destinada às bicicletas. Nas vias onde ela funciona, a recomendação é para que os ciclistas fiquem sempre à direita e nunca andem na contramão. A CET pinta no piso dessas vias bicicletas estilizadas no asfalto, para lembrar os motoristas da prioridade de quem está pedalando. Também são instaladas placas de alerta.
Análise. De acordo com a CET, nos cruzamentos e trechos mais movimentados será feita uma avaliação do respeito dos veículos à regra. Se houver problemas, a sinalização será reforçada.
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