terça-feira, 31 de julho de 2012

Segmento de motos é o que mais cortou

por O Estado de S.Paulo - CÉLIA FROUFE

A crise no mercado de motocicletas está mais clara do que a do setor de automóveis. No primeiro semestre houve fechamento de 913 postos de trabalho com carteira assinada no setor. Só a fabricação foi responsável por 1,4 mil desligamentos no período.

O enxugamento ocorre depois que esse ramo conseguiu ampliar o quadro de pessoal em 2o11 em apenas 177 postos. A perda de vigor fica mais evidente quando são observadas as gerações de emprego em 2010 (7,1 mil) e 2008 (12 mil).

Se mantiver a mesma tendência na segunda metade do ano, 2012 deve ser o pior para o mercado de trabalho desde 2009, quando o setor sofria impactos da crise global. Naquele ano, 225 trabalhadores perderam o emprego - dado líquido, já descontadas as contratações. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Na sexta-feira, o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti, pediu ao Ministério da Fazenda que liberasse recursos dos depósitos compulsórios para aumentar o crédito para a compra de motos. Para ele, o valor de R$ 1,8 bilhão seria suficiente para impulsionar o setor.

De acordo com a Fenabrave, apenas 10% dos pedidos de financiamento para a compra de motos são aprovados atualmente, o que prejudica o setor. Até pouco tempo essa fatia era de 30%. Meneghetti relatou que o pedido ao então ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, foi bem recebido e seria levado ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Add to Google
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terça-feira, 24 de julho de 2012

Governo de SP realiza melhorias nas estradas do litoral

por BRUNO RIBEIRO - Agência Estado

Um conjunto de 11 obras é a aposta do governo do Estado de São Paulo para melhorar o fluxo de veículos entre as cidades do litoral no próximo verão e reduzir os congestionamentos na Serra do Mar. As intervenções, em cinco rodovias, devem começar no mês que vem.

Entre as principais intervenções está a abertura de mais uma pista, em Bertioga, da SP-055 (Rodovia Mogi-Bertioga), incluindo alargamento das pontes nos km 92,78, 93,25 e km 97,20. Outra rodovia que vai ganhar uma pista é a Padre Manoel da Nóbrega. Será um trecho de dez quilômetros entre Praia Grande e Mongaguá.

Ao todo, as obras vão custar R$ 101,5 milhões e incluem a recuperação de 200 km de rodovias. Cada intervenção está sendo licitada em separado e uma mesma construtora poderá fazer mais de uma delas.

A expectativa do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) é de que todas as obras estejam prontas no verão deste ano. Mas elas ainda dependem do término dos processos de licitação. "Se eles ocorrerem normalmente, as obras devem terminar antes do Natal", disse ontem o superintendente do órgão, Clodoaldo Pelissioni. "São restaurações, eliminações de pequenos gargalos, obras que não são complexas, mas importantes."

Parte dos serviços consiste em recapeamento de trechos desgastados. Na Tamoios, por exemplo, onde a pista no planalto já está sendo duplicada, o trecho de serra vai receber "serviços de reconfiguração geométrica e implantação de sinalização vertical, horizontal e de dispositivos de segurança".

Em Ilhabela, a SP-131 vai ter a camada de rolamento das pistas reforçada em um trecho de 23,6 km, no trajeto das praias da parte sul da ilha. Já a Rodovia Oswaldo Cruz terá recuperação do asfalto nos 20 km iniciais da pista em Taubaté.

Os editais vêm sendo publicados desde o mês passado, separadamente. Ontem, o DER juntou as intervenções e as chamou de "Operação Verão/2013". Das 11 obras, cinco serão na SP-055 (Padre Manoel da Nóbrega e Rodovia Rio-Santos).

Viadutos

O DER diz também que estão em vias de licitação obras para eliminar gargalos do Sistema Anchieta-Imigrantes. No plano, está a criação de três viadutos - um em Cubatão e dois em São Vicente - que devem eliminar os semáforos da rodovia. Add to Google
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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Governo federal prepara concessão de mais 4 mil km, em 7 rodovias

por RENÉE PEREIRA - O Estado de S.Paulo

Sete rodovias localizadas nas Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste deverão ser contempladas na quarta etapa de concessões do governo federal. De acordo com lista obtida pelo Estado, o programa de licitação, que será lançado nos próximos meses, incluirá grandes corredores, como as BRs 163 e 153, que atendem a principal região produtora de grãos do País, e outras ligações, a exemplo das BRs 262, 267, 060 e 050.

No momento, o Ministério dos Transportes está avaliando qual o melhor desenho para cada lote. A BR-163, por exemplo, poderá ser licitada junto com trechos da BR-262 e BR-267, ou sozinha. Mas alguns trechos já estão praticamente definidos. Um deles é a BR-050, entre Goiás e Minas Gerais, numa extensão de 425 quilômetros (km). No Nordeste, a única escolhida foi a BR-101, entre Mucuri e Salvador (BA), de 772 km. Há ainda dois trechos da BR-262, em Minas Gerais e Espírito Santo.

A ideia, segundo fontes ligadas ao governo, é fazer um leilão com seis ou oito lotes de rodovias federais. No total, serão cerca de 4 mil quilômetros (km) de estradas transferidas para a iniciativa privada - bem acima do volume licitado em 2007, na primeira privatização do governo Lula. Procurado, o Ministério dos Transportes não quis falar sobre o assunto, que está sendo guardado a sete chaves.

A definição dos trechos começou com o relatório "Definição de Malha Estratégica para Continuidade do Programa de Concessão de Rodovias Federais", entregue à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, em meados de abril. No documento, a equipe dos Transportes selecionou 19 trechos de rodovias consideradas estratégicas, numa extensão de 8.973 km. Dessas rodovias, apenas a BR-267 não estava selecionada como prioritária.

No desenho atual, o governo priorizou estradas da Região Centro-Oeste na lista dos principais gargalos logístico do País. Apesar de ser a maior produtora de soja do Brasil, a região tem uma péssima malha rodoviária, e algumas localidades ainda não são atendidas por linha ferroviária.

Outorga. Segundo um executivo que acompanha as discussões sobre as concessões rodoviárias, o governo estuda algumas mudanças no modelo de negócio. Todas as estradas serão transferidas sob forma de concessão simples. Mas, ao contrário do que ocorreu em 2007, quando era declarada vencedora a empresa que oferecesse a menor tarifa, agora pode haver um sistema misto, a exemplo do que ocorre em São Paulo. Ou seja, o governo poderá ressuscitar o pagamento de outorga para alguns trechos de rodovias - como já ocorreu no leilão de concessão dos aeroportos. A proposta, no entanto, já enfrenta resistência entre os usuários das rodovias antes mesmo de ser confirmada.

"Não podemos admitir que o governo volte atrás e cobre outorga nas novas concessões. Preservar o modelo, com aprimoramentos, é uma questão sagrada para nós", destaca Luiz Antônio Fayet, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Ele teme que, com a cobrança de outorga, o preço dos pedágios suba de forma expressiva e eleve o custo de transporte do agronegócio. Na avaliação de Fayet, se o governo quer evitar os problemas de atraso em obras que ocorreram nas rodovias federais, ele precisa entregar a concessão com projetos elaborados e licenças ambientais. "Além disso, tem de reforçar a fiscalização."

Outra crítica do setor é que o governo vai lançar a quarta etapa de concessões sem antes concluir a terceira etapa, que inclui as BRs 116 e 040 (MG). Por causa na demora de liberação pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) teve de refazer os estudos de fluxo de veículos. Mas o governo diz que fará o leilão ainda em 2012. Pelo menos, é a determinação da presidente Dilma Rousseff. O setor acredita que a quarta etapa seja leiloada em 2013. Add to Google
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terça-feira, 17 de julho de 2012

Motorista vai pagar pedágio até em trecho urbano de rodovias

por Folha - JOSÉ BENEDITO DA SILVA - EDITOR-ADJUNTO DE COTIDIANO - Colaborou MARÍLIA ROCHA

A cobrança eletrônica de pedágio, que o governo de SP vai implantar nas rodovias privatizadas, levará milhões de motoristas a pagar para circular até nos entornos das cidades, onde as estradas são usadas como vias urbanas.

Entre os trechos de tráfego urbano que serão pedagiados estão, por exemplo, aqueles que ligam a capital paulista ao aeroporto de Cumbica (rodovia Ayrton Senna), a São Bernardo (Anchieta) e a Cotia (Raposo Tavares).

Hoje, eles não têm praças de pedágio, mas o deslocamento gratuito vai acabar por conta da instalação dos pórticos ao longo da via, que vão ler chips nos carros para fazer a cobrança.

No teste que está sendo feito na SP-75, entre Indaiatuba e Campinas, há um pórtico a cada 8 km. Com esse intervalo, as vias serão praticamente 100% pedagiadas.

A implantação da cobrança, planejada para 2013 ou 2014, vai depender de um cálculo político difícil para o governador Geraldo Alckmin (PSDB): se, por um lado, o sistema é mais justo e permite reduzir a tarifa, por outro, vai cobrar de muito mais gente.

Nem a Artesp (agência de transportes do Estado) nem as concessionárias sabem quantos usam as rodovias sem pagar. O único estudo feito -e sempre citado como parâmetro- na Dutra, uma via federal, apontou que só 9% dos carros pagam pedágio.

Se o percentual for parecido nas vias estaduais, com o chip, deve multiplicar por dez o número de carros tarifados -foram 790 milhões em 2011.

"O ponto crítico, não tenho dúvida, é quem não paga e passará a pagar", afirma Karla Bertocco Trindade, diretora-geral da Artesp. Para ela, porém, o Estado não pode dizer "você paga e você não". "A questão é: usou, pagou."

Haverá impacto em dois casos: em rodovias que são vias urbanas ou metropolitanas e em ligações entre cidades onde hoje não há cabines.

Na primeira, estão os exemplos acima e outros, como o da rodovia Dom Pedro 1º, que liga Campinas a três shoppings, condomínios, à Unicamp e à PUC Campinas.

Na segunda, os trechos entre São Carlos e Araraquara (Washington Luís) e Limeira e Piracicaba (Anhanguera).

Em todas as rodovias, porém, haverá um "perde e ganha": alguns usuários pagarão menos e outros, que não pagam, passarão a pagar.

Um exemplo claro é a própria SP-75. Entre Indaiatuba e Campinas há uma praça, que cobra R$ 10,50. Com os pórticos, o valor cai para R$ 4. Na via, porém, quem circula entre Indaiatuba e Sorocaba hoje usa quase 50 km de rodovia sem pagar nada --o trecho, no entanto, vai passar a ser tarifado.

ROTA DE FUGA

Nos trechos urbanos, um efeito colateral deve ser a criação de "rotas de fuga". "Será um 'problemaço' porque o motorista tentará fazer sua rota por dentro da cidade", diz Horácio Augusto Figueira, consultor em transportes.

Para ele, que é favorável à cobrança por trecho "sob o ponto de vista da justiça", o aumento das rotas de fuga pode ser impedido se o preço por km rodado for baixo.

Ele cita o Rodoanel, que custa R$ 1,50 no trecho oeste. "As pessoas estão fugindo do Rodoanel? Não, cada dia tem mais movimento."

Usuários da rodovia Dom Pedro 1º já criticam a mudança. A pesquisadora da Unicamp Ana Lúcia Pinto mora em Campinas e percorre 13 quilômetros da rodovia para trabalhar todo dia.

"Acho o ponto a ponto justo, mas o uso em trecho urbano, na cidade, não acredito que deva ser cobrado."

O analista de sistemas André Wohlers usa a via duas vezes por semana, entre Campinas e Mogi Mirim. "Não tem justificativa a cobrança atingir áreas urbanas", afirmou.

O pesquisador Antonio Augusto, também da Unicamp, se diz favorável. "O pedágio é um mal necessário. Sou contra o preço abusivo, mas, se for proporcional, acho correto".  Add to Google
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quarta-feira, 4 de julho de 2012

CNH: transferir pontos não vai exigir cartório

por CAIO DO VALLE - O Estado de S.Paulo

Não será mais preciso reconhecer assinatura em cartório para transferir pontos de uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para outra. Uma resolução de 2010 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) prevista para entrar em vigor neste mês foi revogada por outra decisão do órgão, publicada em junho.

Com isso, a obrigatoriedade de registrar firma não chegará a ser exigida nem do dono do veículo nem do motorista que causou a infração. O procedimento segue igual ao que já é praticado hoje.

Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), ligado ao Ministério das Cidades, a nova determinação - que derrubou a necessidade de reconhecimento de assinaturas - já está valendo. Assim, quando o motorista não é reconhecido no momento da infração de trânsito, a multa é encaminhada ao proprietário do veículo, que deve indicar o nome de quem o conduzia na hora do flagrante.

A indicação precisa ser feita no formulário encaminhado com a notificação do auto de infração e enviada à autoridade responsável por lavrar a multa. Na cidade de São Paulo, as autuações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) são expedidas pelo Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV). Cópia da CNH do infrator deve ser enviada ao órgão de trânsito por correio, com cópia da identidade do dono do veículo.

Críticas. O presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de São Paulo (OAB-SP), Maurício Januzzi, lamentou a revogação da regra. "Vai continuar a bandalheira: colocar pontos em carteiras de quem morreu ou nem dirige."

Silvio Médici, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito, concorda, mas observa que reconhecer firma é burocrático. "Qualquer proposta tem a possibilidade de ser contornada, o que acaba não causando efeito sobre o infrator. Por isso, é necessário investir em educação", diz Médici. Add to Google
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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Em protesto, motociclistas pagam pedágio com notas de R$ 100 em Palhoça

por Diário Catarinense

Quem passou pelo pedágio da BR-101, em Palhoça, na Grande Florianópolis, se deparou com uma situação, inusitada: um comboio de motociclistas, cerca de 200, congestionaram algumas cabines como forma de protesto. Eles exigem uma passagem exclusiva com largura adequada para todo tipo de moto no pedágio e acesso ao sistema Sem Parar.

Por 1h30min os motociclistas foram e voltaram pelo pedágio, pagando com notas de R$ 100 e R$ 50. Além disso, cada um fazia questão de descer da moto, tirar as luvas e o capacete para depois pagar. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) que acompanhou a manifestação, não houve tumultuo e as filas de veículos de cada lado não chegaram a 300 metros.

De acordo com um dos organizadores do protesto, Edson Mesadri, tanto a PRF quanto a concessionária que administra a rodovia deram total apoio ao motociclistas e, de um modo geral, os outros motoristas também compreenderam.

Os motociclista se reuniram às 10h na avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis e seguiram para Palhoça. Chegaram por volta das 11h. O protesto terminou às 12h30min. Add to Google
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