Avanço de sinal cresce 39% no trânsito de BH
por Paulo Henrique Lobato - Estado de Minas
Pesquisa da BHTrans mostra risco diário nos cruzamentos. Ruas e avenidas vão receber equipamentos para registrar a imprudência e multar os motoristas.
As multas por avanço de sinal em Belo Horizonte cresceram 39% em quatro anos. Balanço da BHTrans mostra que as notificações passaram de 15.079, em 2003, para 20.961 em 2007. Os números preocupam as autoridades de trânsito e de saúde, mas representam apenas uma fração do risco diário ao qual pedestres e motoristas estão expostos, pois especialistas estimam que os flagrantes correspondam a apenas 1% das irregularidades cometidas.
“Esses dados nem de longe retratam a realidade. No ano passado, por exemplo, fizemos uma contagem visual no cruzamento da Avenida Augusto de Lima com a Rua Bahia e, em 12 horas, foram 1.070 avanços”, revela Eduardo Lucas, gerente de Educação para o Trânsito da autarquia e membro do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). E os números vão crescer muito nos próximos meses. Isso porque as infrações do ano passado foram constatadas apenas pelos agentes da BHTrans e policiais militares do Batalhão de Trânsito. Mas, ainda em 2008, a autarquia vai instalar nos cruzamentos da capital 10 radares com registro de avanço de sinal.
Atualmente, os 37 equipamentos espalhados pelas ruas e avenidas só notificam velocidade acima do limite permitido, infração que lidera o ranking de irregularidades no trânsito de Belo Horizonte. Em 2003, as multas aplicadas em motoristas que trafegaram com velocidade superior a 20% da máxima para determinado trecho somaram 116.770. Em 2007, saltaram para 182.514. A expectativa é que também ocorra um aumento expressivo em relação ao avanço de semáforo, depois da instalação dos equipamentos eletrônicos, que funcionam 24 horas.
As autoridades não têm estatística sobre a quantidade de vítimas desse tipo de acidente, mas os relatos são muitos, como o do marceneiro Maurílio Henrique Costa de Almeida, de 30 anos, internado, na semana passada, no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, referência em tratamento ortopédico no país. “Estava em minha moto, um carro furou o sinal e me bateu. Fiquei muito machucado. Tive fratura exposta no tornozelo direito e sinto muitas dores”, diz Maurílio, que não sabe quando receberá alta da instituição. Ele foi atingido no cruzamento da Avenida Cristiano Machado com a Rua Sebastião Brito, no Bairro Dona Clara, na Região da Pampulha.
A Cristiano Machado, um dos principais corredores viários de BH, é a campeã de multas por excesso de velocidade. De janeiro a outubro do ano passado, o radar da avenida flagrou 31.470 veículos trafegando acima do limite permitido. Muitos condutores aproveitam o embalo e furam o sinal vermelho. No mesmo período, também foi alto o total de multas nas avenidas do Contorno (26.957 notificações), Amazonas (24.964), Antônio Carlos (20.206), Raja Gabaglia (16.122) e Pedro I (11.517).
Já o motociclista João Carlos Lara, de 42, está internado no HPS desde a primeira semana de fevereiro. Além de fratura exposta na perna direita, o homem teve uma queimadura na barriga, pois também estava em cima de uma moto e, com a queda, caiu sobre o motor. “Um motorista desrespeitou o semáforo da Avenida Pedro II com a Rua Espinosa, no Bairro Padre Eustáquio, e bateu na traseira da moto. Caí e me machuquei todo. Estou deitado nesta cama há quase dois meses, por causa de uma pessoa que ignorou as leis de trânsito”, desabafa.
Críticas
Muitos motoristas, no entanto, justificam que não respeitam o sinal vermelho em duas ocasiões. A primeira, durante a madrugada, em locais com histórico de roubos a condutores que param no semáforo. A outra, independentemente do horário, em razão da luz verde ficar acesa por poucos segundos. O gerente de Planejamento Operacional da BHTrans, Fernando Pessoa, explica que a autarquia atualiza o tempo do sinal à demanda de veículos na via. “Vários condutores têm a visão apenas do seu caminho. Às vezes, se esquecem de que o percurso delas cruza com o de outras pessoas. Temos que lembrar que (a geografia) de BH é um grande tabuleiro.”
O especialista acrescenta que, em razão dos registros de roubo, muitos semáforos ficam apenas com as luzes amarelas piscando à noite. “É só o motorista passar com atenção e, caso não venha outro veículo, reduzir a velocidade. No endereço eletrônico www.bhtrans.pbh.gov.br as pessoas podem sugerir locais para a implantação do sistema de amarelo piscante no horário noturno. Uma equipe vai ao local e analisa a viabilidade”, acrescenta Pessoa.
Pesquisa da BHTrans mostra risco diário nos cruzamentos. Ruas e avenidas vão receber equipamentos para registrar a imprudência e multar os motoristas.
As multas por avanço de sinal em Belo Horizonte cresceram 39% em quatro anos. Balanço da BHTrans mostra que as notificações passaram de 15.079, em 2003, para 20.961 em 2007. Os números preocupam as autoridades de trânsito e de saúde, mas representam apenas uma fração do risco diário ao qual pedestres e motoristas estão expostos, pois especialistas estimam que os flagrantes correspondam a apenas 1% das irregularidades cometidas.
“Esses dados nem de longe retratam a realidade. No ano passado, por exemplo, fizemos uma contagem visual no cruzamento da Avenida Augusto de Lima com a Rua Bahia e, em 12 horas, foram 1.070 avanços”, revela Eduardo Lucas, gerente de Educação para o Trânsito da autarquia e membro do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). E os números vão crescer muito nos próximos meses. Isso porque as infrações do ano passado foram constatadas apenas pelos agentes da BHTrans e policiais militares do Batalhão de Trânsito. Mas, ainda em 2008, a autarquia vai instalar nos cruzamentos da capital 10 radares com registro de avanço de sinal.
Atualmente, os 37 equipamentos espalhados pelas ruas e avenidas só notificam velocidade acima do limite permitido, infração que lidera o ranking de irregularidades no trânsito de Belo Horizonte. Em 2003, as multas aplicadas em motoristas que trafegaram com velocidade superior a 20% da máxima para determinado trecho somaram 116.770. Em 2007, saltaram para 182.514. A expectativa é que também ocorra um aumento expressivo em relação ao avanço de semáforo, depois da instalação dos equipamentos eletrônicos, que funcionam 24 horas.
As autoridades não têm estatística sobre a quantidade de vítimas desse tipo de acidente, mas os relatos são muitos, como o do marceneiro Maurílio Henrique Costa de Almeida, de 30 anos, internado, na semana passada, no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, referência em tratamento ortopédico no país. “Estava em minha moto, um carro furou o sinal e me bateu. Fiquei muito machucado. Tive fratura exposta no tornozelo direito e sinto muitas dores”, diz Maurílio, que não sabe quando receberá alta da instituição. Ele foi atingido no cruzamento da Avenida Cristiano Machado com a Rua Sebastião Brito, no Bairro Dona Clara, na Região da Pampulha.
A Cristiano Machado, um dos principais corredores viários de BH, é a campeã de multas por excesso de velocidade. De janeiro a outubro do ano passado, o radar da avenida flagrou 31.470 veículos trafegando acima do limite permitido. Muitos condutores aproveitam o embalo e furam o sinal vermelho. No mesmo período, também foi alto o total de multas nas avenidas do Contorno (26.957 notificações), Amazonas (24.964), Antônio Carlos (20.206), Raja Gabaglia (16.122) e Pedro I (11.517).
Já o motociclista João Carlos Lara, de 42, está internado no HPS desde a primeira semana de fevereiro. Além de fratura exposta na perna direita, o homem teve uma queimadura na barriga, pois também estava em cima de uma moto e, com a queda, caiu sobre o motor. “Um motorista desrespeitou o semáforo da Avenida Pedro II com a Rua Espinosa, no Bairro Padre Eustáquio, e bateu na traseira da moto. Caí e me machuquei todo. Estou deitado nesta cama há quase dois meses, por causa de uma pessoa que ignorou as leis de trânsito”, desabafa.
Críticas
Muitos motoristas, no entanto, justificam que não respeitam o sinal vermelho em duas ocasiões. A primeira, durante a madrugada, em locais com histórico de roubos a condutores que param no semáforo. A outra, independentemente do horário, em razão da luz verde ficar acesa por poucos segundos. O gerente de Planejamento Operacional da BHTrans, Fernando Pessoa, explica que a autarquia atualiza o tempo do sinal à demanda de veículos na via. “Vários condutores têm a visão apenas do seu caminho. Às vezes, se esquecem de que o percurso delas cruza com o de outras pessoas. Temos que lembrar que (a geografia) de BH é um grande tabuleiro.”
O especialista acrescenta que, em razão dos registros de roubo, muitos semáforos ficam apenas com as luzes amarelas piscando à noite. “É só o motorista passar com atenção e, caso não venha outro veículo, reduzir a velocidade. No endereço eletrônico www.bhtrans.pbh.gov.br as pessoas podem sugerir locais para a implantação do sistema de amarelo piscante no horário noturno. Uma equipe vai ao local e analisa a viabilidade”, acrescenta Pessoa.
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