Lei de aula de direção à noite corre o risco de não pegar
por Daniel Gonzales, do estadão.com.br
SÃO PAULO - O presidente da Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto), Magnelson de Souza, avalia que a obrigatoriedade de aulas noturnas para os novos motoristas, que começa na segunda-feira, só vai funcionar nos estados que têm controle eletrônico de presença dos candidatos a uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Nos demais, não há como controlar em que horário as aulas são feitas.
De acordo com ele, como não vai haver aumento da carga-horária exigida para os candidatos (continuam as mesmas 20 horas/aula obrigatórias atualmente), "não deve haver repasse ao valor" das aulas por parte dos Centros de Formação de Condutores e, portanto, o custo para tirar a habilitação não deve subir. "No máximo, as empresas terão que fazer uma readequação, disponibilizando funcionários também à noite."
O dono de uma autoescolas na zona norte da capital paulista, no entanto, diz que não é possível afirmar que não haverá nenhum custo extra a ser repassado aos candidatos. "O funcionário que trabalha à noite recebe adicional noturno. Vamos ter que arcar com isso, e também há o problema com a segurança do veículo, aluno e instrutor."
Souza diz que a norma corre o risco de não pegar em vários estados. "Em São Paulo, por exemplo, é adotada a biometria (controle por meio de impressão digital) e é possível saber em que horário o aluno fez a prática de direção", diz. "Em outros estados, os Detrans (Departamentos Estaduais de Trânsito) não terão como fiscalizar as aulas à noite", avalia.
Ele afirma que as aulas noturnas irão "enriquecer" a formação dos candidatos a novos motoristas. "Defendo que essas aulas sejam as últimas, após as diurnas", diz. Para ele, o ideal seria que os candidatos fizessem aulas em rodovias, com chuva e neblina.
A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) também apoia as aulas noturnas. De acordo com a entidade, 40% dos acidentes de trânsito com vítimas ocorrem no período da noite na cidade de São Paulo.
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SÃO PAULO - O presidente da Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto), Magnelson de Souza, avalia que a obrigatoriedade de aulas noturnas para os novos motoristas, que começa na segunda-feira, só vai funcionar nos estados que têm controle eletrônico de presença dos candidatos a uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Nos demais, não há como controlar em que horário as aulas são feitas.
De acordo com ele, como não vai haver aumento da carga-horária exigida para os candidatos (continuam as mesmas 20 horas/aula obrigatórias atualmente), "não deve haver repasse ao valor" das aulas por parte dos Centros de Formação de Condutores e, portanto, o custo para tirar a habilitação não deve subir. "No máximo, as empresas terão que fazer uma readequação, disponibilizando funcionários também à noite."
O dono de uma autoescolas na zona norte da capital paulista, no entanto, diz que não é possível afirmar que não haverá nenhum custo extra a ser repassado aos candidatos. "O funcionário que trabalha à noite recebe adicional noturno. Vamos ter que arcar com isso, e também há o problema com a segurança do veículo, aluno e instrutor."
Souza diz que a norma corre o risco de não pegar em vários estados. "Em São Paulo, por exemplo, é adotada a biometria (controle por meio de impressão digital) e é possível saber em que horário o aluno fez a prática de direção", diz. "Em outros estados, os Detrans (Departamentos Estaduais de Trânsito) não terão como fiscalizar as aulas à noite", avalia.
Ele afirma que as aulas noturnas irão "enriquecer" a formação dos candidatos a novos motoristas. "Defendo que essas aulas sejam as últimas, após as diurnas", diz. Para ele, o ideal seria que os candidatos fizessem aulas em rodovias, com chuva e neblina.
A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) também apoia as aulas noturnas. De acordo com a entidade, 40% dos acidentes de trânsito com vítimas ocorrem no período da noite na cidade de São Paulo.
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