Mercado de motos de luxo avança no País
por Estadão.com
A produção de motocicletas no Brasil amargou retração de mais de 20% em 2012, mas a queda não atingiu todos os segmentos. A exceção foram as motos premium, cujas vendas vivem um período de bonança. No ano passado, a produção de motocicletas de mais de 500 cilindradas cresceu 7,2% em relação a 2011, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
O avanço das motos de luxo foi puxado pelo aumento no poder aquisitivo das classes A e B. Esse movimento atraiu ao País montadoras como a britânica Triumph e estimulou lançamentos de marcas estrangeiras, como a alemã BMW.
"Havia uma demanda de certa forma reprimida. Entre 2011 e 2012, foram 20 lançamentos", afirmou José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo. Segundo ele, os modelos premium de motocicleta custam, em média, de R$ 28 mil a R$ 52 mil e são voltados para consumidores de alta renda. "Esse tipo de consumidor é menos afetado por restrições ao crédito, obviamente. E, muitas vezes, eles compram à vista", lembrou.
O bombeiro reformado Nilton Alves já encomendou a motocicleta de 1.500 cilindradas, mas não deve se desfazer do modelo mais modesto que possui atualmente, uma Yamaha 250 cilindradas. "A atual vai ser para andar pela minha cidade, Guarapari (ES), e a nova vai ser para viajar. O plano é ir do Espírito Santo a Fortaleza", contou Alves, que deve receber o novo modelo em fevereiro.
O aposentado Roberto Pereira começou no mundo das motocicletas com um modelo de 125 cilindradas. Hoje, desfila em uma Harley-Davidson de 1.600 cilindradas. "Quando me aposentei, peguei o dinheiro e comprei meu sonho de consumo."
Operação própria
De olho nessa demanda, a britânica Triumph rompeu contrato com seu importador e montou subsidiária no Brasil. A primeira concessionária da marca foi aberta em novembro, mas a previsão é inaugurar mais oito lojas no País ao longo de 2013, além de outras quatro em 2014. "No primeiro dia de abertura da concessionária, vendemos 75 unidades", disse Fernando Filie, gerente de Marketing da Triumph.
No entanto, a boa performance do setor provocou um acirramento da concorrência. A Kawasaki, por exemplo, credita a queda de 14% nas vendas no varejo da companhia no ano passado à chegada de novos fabricantes e lançamentos ao País. A produção da marca na fábrica de Manaus também recuou, de 11.606 unidades em 2011 para 10.556 unidades em 2012.
"O segmento não caiu como um todo, mas entraram novas marcas. A BMW apostou em muitos lançamentos nacionalizados, a Harley-Davidson tinha problemas com o importador e deslanchou em 2012, a Triumph acabou de entrar com força. Não vejo espaço para crescermos em 2013, mas imagino que a gente consiga manter o mesmo patamar (de 2012)", justificou Ricardo Suzuki, gerente de Planejamento de Kawasaki.
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A produção de motocicletas no Brasil amargou retração de mais de 20% em 2012, mas a queda não atingiu todos os segmentos. A exceção foram as motos premium, cujas vendas vivem um período de bonança. No ano passado, a produção de motocicletas de mais de 500 cilindradas cresceu 7,2% em relação a 2011, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
O avanço das motos de luxo foi puxado pelo aumento no poder aquisitivo das classes A e B. Esse movimento atraiu ao País montadoras como a britânica Triumph e estimulou lançamentos de marcas estrangeiras, como a alemã BMW.
"Havia uma demanda de certa forma reprimida. Entre 2011 e 2012, foram 20 lançamentos", afirmou José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo. Segundo ele, os modelos premium de motocicleta custam, em média, de R$ 28 mil a R$ 52 mil e são voltados para consumidores de alta renda. "Esse tipo de consumidor é menos afetado por restrições ao crédito, obviamente. E, muitas vezes, eles compram à vista", lembrou.
O bombeiro reformado Nilton Alves já encomendou a motocicleta de 1.500 cilindradas, mas não deve se desfazer do modelo mais modesto que possui atualmente, uma Yamaha 250 cilindradas. "A atual vai ser para andar pela minha cidade, Guarapari (ES), e a nova vai ser para viajar. O plano é ir do Espírito Santo a Fortaleza", contou Alves, que deve receber o novo modelo em fevereiro.
O aposentado Roberto Pereira começou no mundo das motocicletas com um modelo de 125 cilindradas. Hoje, desfila em uma Harley-Davidson de 1.600 cilindradas. "Quando me aposentei, peguei o dinheiro e comprei meu sonho de consumo."
Operação própria
De olho nessa demanda, a britânica Triumph rompeu contrato com seu importador e montou subsidiária no Brasil. A primeira concessionária da marca foi aberta em novembro, mas a previsão é inaugurar mais oito lojas no País ao longo de 2013, além de outras quatro em 2014. "No primeiro dia de abertura da concessionária, vendemos 75 unidades", disse Fernando Filie, gerente de Marketing da Triumph.
No entanto, a boa performance do setor provocou um acirramento da concorrência. A Kawasaki, por exemplo, credita a queda de 14% nas vendas no varejo da companhia no ano passado à chegada de novos fabricantes e lançamentos ao País. A produção da marca na fábrica de Manaus também recuou, de 11.606 unidades em 2011 para 10.556 unidades em 2012.
"O segmento não caiu como um todo, mas entraram novas marcas. A BMW apostou em muitos lançamentos nacionalizados, a Harley-Davidson tinha problemas com o importador e deslanchou em 2012, a Triumph acabou de entrar com força. Não vejo espaço para crescermos em 2013, mas imagino que a gente consiga manter o mesmo patamar (de 2012)", justificou Ricardo Suzuki, gerente de Planejamento de Kawasaki.
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