Motociclistas adotam o ziguezague paulistano
por Lígia Ligabue - Jornal da Cidade de Bauru
Manobra típica de motociclista paulistano, o ziguezague pelo trânsito começou a causar danos também em Bauru(interior de São Paulo). Com o aumento da frota de motocicletas e a cobrança de horário exigida aos entregadores, dirigir por corredores de carros e trançar veículos pelas ruas da cidade já se tornou hábito dos motociclistas.
Todas as tardes, a cena se repete. O semáforo fecha e segundos depois, uma fila de motociclistas se alinha rente à faixa de pedestres. Nem bem o sinal abre, eles saem em disparada, de encontro ao próximo fluxo de carros. Para chegar mais rápido à próxima faixa de pedestres, eles vão pelos corredores, buzinando para que os motoristas abram mais espaço.
O cenário parece mais o da hora do rush paulistano, mas na verdade é o que já acontece nas avenidas mais movimentadas de Bauru. De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em fevereiro do ano passado, circulavam em Bauru 29.997 motocicletas e motonetas. No mesmo mês deste ano, o número era de 34.899, um aumento de mais de 15%. Ou seja, são quase 35 mil motos disputando espaço com mais de 100 mil carros, segundo o Denatran.
O resultado pode ser visto em lojas de autopeças. Uma empresa do Centro da cidade já contabiliza o aumento do atendimento a motoristas que perderam o espelho retrovisor em acidentes com motociclistas. Roger Silva, funcionário do estabelecimento, avalia que nos últimos seis meses, a procura pela peça já chega a três clientes por semana.
“Até então, não saía muito, mas de uns meses para cá, a história é sempre a mesma: a moto passou e levou o retrovisor. E o resultado é sempre esse: lente quebrada”, diz segurando uma peça danificada. E o prejuízo para o motorista é em torno de R$ 70,00 com a mão-de-obra. De acordo com o funcionário, dificilmente um motociclista assume o dano. “Em todos estes anos trabalhando aqui, só presenciei um caso do motociclista pagar um retrovisor quebrado”, recorda.
Em setembro do ano passado, a vendedora Daiane Marini voltava para sua casa de carona com um amigo quando um motociclista desatento bateu de raspão do veículo, arrancando o espelho retrovisor do lado do passageiro. “Ele ultrapassou pelo lado errado e ainda raspou a lateral do carro”, recorda.
Há 21 anos trabalhando no trânsito de Bauru, o sargento da Polícia Militar Silvio Carlos Rossi lembra que na elaboração do Código de Trânsito Brasileiro, houve uma discussão sobre a proibição do ziguezague, mas a idéia foi abandonada. Para ele, essa manobra coloca em risco a vida do motociclista e de pedestres.
“Na minha opinião, a principal causa de acidentes no trânsito é a falta de respeito. Não se respeitam as leis de trânsito e também o próximo. Pois se você respeita o semáforo, você respeita o direito dos outros”, diz. Para o sargento, o motorista que não quer se envolver em acidentes com os motociclistas, deve sempre praticar a direção defensiva. “É necessário ter calma e paciência. E se preciso, se afastar do mau condutor”, diz.
Manobra típica de motociclista paulistano, o ziguezague pelo trânsito começou a causar danos também em Bauru(interior de São Paulo). Com o aumento da frota de motocicletas e a cobrança de horário exigida aos entregadores, dirigir por corredores de carros e trançar veículos pelas ruas da cidade já se tornou hábito dos motociclistas.
Todas as tardes, a cena se repete. O semáforo fecha e segundos depois, uma fila de motociclistas se alinha rente à faixa de pedestres. Nem bem o sinal abre, eles saem em disparada, de encontro ao próximo fluxo de carros. Para chegar mais rápido à próxima faixa de pedestres, eles vão pelos corredores, buzinando para que os motoristas abram mais espaço.
O cenário parece mais o da hora do rush paulistano, mas na verdade é o que já acontece nas avenidas mais movimentadas de Bauru. De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em fevereiro do ano passado, circulavam em Bauru 29.997 motocicletas e motonetas. No mesmo mês deste ano, o número era de 34.899, um aumento de mais de 15%. Ou seja, são quase 35 mil motos disputando espaço com mais de 100 mil carros, segundo o Denatran.
O resultado pode ser visto em lojas de autopeças. Uma empresa do Centro da cidade já contabiliza o aumento do atendimento a motoristas que perderam o espelho retrovisor em acidentes com motociclistas. Roger Silva, funcionário do estabelecimento, avalia que nos últimos seis meses, a procura pela peça já chega a três clientes por semana.
“Até então, não saía muito, mas de uns meses para cá, a história é sempre a mesma: a moto passou e levou o retrovisor. E o resultado é sempre esse: lente quebrada”, diz segurando uma peça danificada. E o prejuízo para o motorista é em torno de R$ 70,00 com a mão-de-obra. De acordo com o funcionário, dificilmente um motociclista assume o dano. “Em todos estes anos trabalhando aqui, só presenciei um caso do motociclista pagar um retrovisor quebrado”, recorda.
Em setembro do ano passado, a vendedora Daiane Marini voltava para sua casa de carona com um amigo quando um motociclista desatento bateu de raspão do veículo, arrancando o espelho retrovisor do lado do passageiro. “Ele ultrapassou pelo lado errado e ainda raspou a lateral do carro”, recorda.
Há 21 anos trabalhando no trânsito de Bauru, o sargento da Polícia Militar Silvio Carlos Rossi lembra que na elaboração do Código de Trânsito Brasileiro, houve uma discussão sobre a proibição do ziguezague, mas a idéia foi abandonada. Para ele, essa manobra coloca em risco a vida do motociclista e de pedestres.
“Na minha opinião, a principal causa de acidentes no trânsito é a falta de respeito. Não se respeitam as leis de trânsito e também o próximo. Pois se você respeita o semáforo, você respeita o direito dos outros”, diz. Para o sargento, o motorista que não quer se envolver em acidentes com os motociclistas, deve sempre praticar a direção defensiva. “É necessário ter calma e paciência. E se preciso, se afastar do mau condutor”, diz.
Em discussão no tópico:
http://www.motoscustom.com.br/forum/viewtopic.php?p=5304
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