sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Radares flagram 44.667 com licenciamento vencido

por CIDA ALVES - Agência Estado

Radares inteligentes da Polícia Rodoviária de São Paulo já deixaram na estrada 44.667 motoristas flagrados com o licenciamento vencido. De janeiro a setembro deste ano, 165 abordagens por dia resultaram em apreensão do veículo e multa de R$ 191,54. No ano passado, quando os 40 radares atualmente em atividade começaram a ser instalados, o número de carros apreendidos por licenciamento vencido foi bem mais baixo: 9.588. E a tendência é de que o número de multas aumente - a fiscalização deve ser reforçada com 60 radares inteligentes móveis.

Os aparelhos funcionam há um ano e meio em pontos fixos das estradas estaduais. O sistema faz a leitura das placas e identifica nos registros da polícia se o veículo tem pendências judiciais e está com a documentação em dia. Entre setembro de 2010 e setembro de 2011, esses equipamentos fizeram a leitura das placas de 209,5 milhões de veículos. "No ano passado, tivemos de fazer ajustes no sistema. Este é o primeiro ano de pleno funcionamento dos radares inteligentes", afirma o comandante da Polícia Rodoviária de São Paulo, coronel Jean Charles de Oliveira. Add to Google
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Harley-Davidson anuncia recall de mais de 300 mil motos

por REUTERS

A Harley-Davidson anunciou nesta segunda-feira o recall de cerca de 309 mil motos nos Estados Unidos e outros países por causa de um problema na chave de luz do freio traseiro.

A fabricante convocou o recall de motos dos modelos Touring e Trike (2009-2012) justificando que a chave de luz pode explodir se exposta à alta temperatura causada pelo sistema de exaustão.

A temperatura excessiva pode fazer a chave não acionar a luz do freio ou ser acionada quando não for necessário. Também pode haver o vazamento de fluídos pela chave, afirmou a Harley-Davidson.

O recall envolve 250 mil unidades nos Estados Unidos e 50 mil em outros países, e deve custar até 12 milhões de dólares à companhia no quarto trimestre.  Add to Google
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sábado, 22 de outubro de 2011

por G1 SP

Nota Motos Custom: No dia 28/09 publicamos uma morte entre motocicleta e caminhão na pista central da Marginal Tiête devido as medidas impostas pela Prefeitura de São Paulo: http://forummotoscustom.blogspot.com/2011/09/motociclista-morre-em-colisao-com.html


Uma pessoa morreu em um acidente entre uma moto e um caminhão na pista central da Marginal Tietê, no sentido Rodovia Castello Branco, por volta das 7h40 desta sexta-feira (21). A colisão aconteceu perto da Ponte da Vila Guilherme. De acordo com o Corpo de Bombeiros, quatro unidades foram encaminhadas ao local.

Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a pista central estava totalmente bloqueada às 8h45 por causa do acidente. Em consequência, a companhia aconselhava aos motoristas que utilizassem as pistas local e expressa da Marginal Tietê.

Os motoristas enfrentavam 2,5 km de filas na pista local no horário, entre a Ponte Nova Fepasa e a Rodovia Castello Branco, como reflexo da interdição.

Motivo do acidente:

por JULIA BAPTISTA - Agência Estado - 13/08/11

Os motociclistas que trafegarem na pista expressa da Marginal do Tietê, em São Paulo, vão ser multados a partir da próxima segunda-feira, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Os caminhoneiros também serão autuados se ultrapassarem os 70 quilômetros por hora na via. Antes da nova determinação, a velocidade permitida para caminhões era de 90 km/h.

A multa para os motociclistas que infringirem a medida será de R$ 85,12, além da perda de quatro pontos na carteira de habilitação. A mesma punição vão receber os motoristas de caminhão que ultrapassarem até 20% da velocidade permitida - 84km/h. Caso a velocidade seja de 20% a 50% acima do permitido, a multa pode chegar a R$ 127,69, com a perda de cinco pontos na carteira.

A Prefeitura de São Paulo restringiu o trânsito de caminhões na Marginal do Pinheiros e nas Avenidas dos Bandeirantes e Jornalista Roberto Marinho no último dia 29. As motocicletas ficaram impedidas de circular na pista expressa da Marginal do Tietê. O trânsito de motos é permitido só nas pistas locais e centrais da via. A proibição tem como objetivo reduzir o número de acidentes com motociclistas.

Comentário do Jovi: Vou repetir o comentário que fiz em 28/09/10 na última morte registrada da mesma forma:

Atribuo essa morte ao prefeito Kassab pela iniciativa de proibir as motos de utilizarem a via expressa como veículos leves e ágeis que são e condicionar a passagem de motocicletas as vias locais onde se concentram a maior quantidade de caminhões e carretas e também de veículos mudando de faixas em razão da via central e local serem acesso as entradas e saídas da Marginal. Parabéns prefeito Kassab essa morte é mais uma que você merece carregar!
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Motorista embriagado oferece bebida a PM após acidente

por PEDRO DA ROCHA - Agência Estado

Um motorista embriagado perdeu o controle de seu Opala verde, na Rua Jorge Duprat Figueiredo, região do Campo Belo, zona sul da capital paulista, na noite de ontem, entrou na contramão e bateu em um Celta preto que vinha na direção contrária. No chão do banco de passageiro do automóvel estavam diversas latas de cerveja vazias. A ocupante do Celta teve ferimentos leves, foi medicada no Hospital São Luiz e liberada. O condutor do Opala fraturou o ombro e acabou encaminhado ao Hospital São Paulo. No 27º Distrito Policial (DP), onde o caso foi registrado, a fiança para o motorista bêbado foi fixada em cinco salários mínimos (cerca de R$ 3 mil). Como ele disse aos policiais não possuir o dinheiro, será preso em flagrante quando liberado pelos médicos.

Segundo uma testemunha, o Opala fez uma curva em alta velocidade e invadiu a pista contrária. Ao bater no Celta, girou e parou ao colidir com um Monza que estava estacionado. De acordo com um policial militar que atendeu a ocorrência, o eletricista Deivison Vieira, de 26 anos, que dirigia o Opala, chegou a lhe oferecer bebida alcoólica, em tom de deboche. O teste do bafômetro de Deivison acusou teor alcoólico de 0,7 mg por litro de sangue, enquanto a quantia tolerada por lei é de 0,3 mg.

O marido da condutora do Celta, o professor Léo Ricino, de 65 anos, contou, no local do acidente, que a mulher havia acabado de deixar a neta, de 2 anos, na casa da filha. "Graças a Deus a criança não estava no veículo. Esse moleque bêbado poderia ter provocado a morte dela", disse, indignado. O cinto de segurança da esposa de Ricino ficou preso e os bombeiros tiveram que retirar a porta do veículo para removê-la.  Add to Google
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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Juristas querem mais rigor no Código Penal para motorista que bebe e mata

Luísa Alcalde - Jornal da Tarde

SÃO PAULO - Juristas paulistas querem aproveitar a revisão do Código Penal para tornar mais rigorosa a punição para quem dirige embriagado e mata no trânsito. Dois dos 16 convidados para integrar a comissão de reforma da legislação, que será instituída hoje no Senado Federal, a procuradora Luiza Nagib Eluf e o professor de Direito Penal Luiz Flávio Gomes defendem pena mais dura para motoristas bêbados até quando não há acidente.

"No Código de Trânsito, dirigir embriagado já leva a punição. Mas, em caso de acidente que provoque lesão corporal ou morte, a pena tem de ser mais severa do que a prevista para crime culposo (sem intenção). É isso o que a sociedade espera de nós da Comissão de Reforma Penal. A população quer que o Código a proteja da irresponsabilidade, da bandidagem, da violência", diz Luiza.

Uma das propostas, segundo Gomes, é que a embriaguez se torne qualificadora do crime de homicídio. "Por aqui está faltando o que na Europa é classificado como direção temerária de maneira abusiva, como para quem trafega na contramão em rodovias, por exemplo. Em vez de 2 a 4 anos de prisão, a pena subiria para 4 a 8 anos de reclusão."

Punição semelhante foi defendida no sábado pelo presidente da Comissão de Trânsito da OAB - SP, Marcelo Januzzi, durante caminhada contra a impunidade no trânsito que reuniu cerca de 150 pessoas no Alto de Pinheiros. Mesmo sob chuva, manifestantes marcharam em silêncio em homenagem às vítimas e lançaram campanha para recolher assinaturas e mudar a atual legislação por meio de projeto de lei. A ideia é que legistas acompanhem blitze da lei seca para que se garanta a prova do crime: a discussão sobre a legalidade do bafômetro segue no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o engenheiro Eduardo Daros, da Associação Brasileira de Pedestres, motorista bêbado em excesso de velocidade deve receber da Justiça o mesmo tratamento dado a "assassino". Já o senador Pedro Taques (PDT/MT), autor da proposta que criou a Comissão de Reforma Penal, acha que os assuntos terão de ser discutidos com calma. "Quando o Código Penal foi escrito, em 1940, a sociedade era sobretudo rural. Hoje, é o contrário. O número de mortes em razão de excesso de velocidade e embriaguez dos motoristas é assustador."

Polêmica. "Acho essa discussão muito importante, porque cada dia mais vemos acidentes provocados por motoristas alcoolizados, dirigindo em velocidade acima da permitida, atropelando pessoas em cima da calçada ou provocando choques com mortos", resume Luiza.

E a controvérsia vai além. Decisão recente do STF entendeu que motorista paulista que dirigia embriagado e matou uma pessoa não deveria responder por homicídio doloso (com intenção). A condenação do condutor foi desqualificada e o réu vai responder por homicídio culposo. A decisão contraria sentençados anos 1990 do mesmo tribunal.

"O Ministério Público estava denunciando como homicídio doloso. Mas veio a decisão do STF dizendo que não é o caso. Precisamos agora de penas mais severas para evitar que continuem ocorrendo essas mortes", diz Luiza, lembrando que, se (acidentes com morte) são enquadrados como homicídio culposo, a pena é pequena e motorista não vai para a prisão - é punido, no máximo, com pena alternativa.

DUAS PERGUNTAS PARA
Luiz Flávio Gomes, professor de Direito Penal


Que pontos o senhor considera que devem ser mudados?
Há muitas lacunas. Por exemplo, o conceito de crime organizado não existe. O de cola eletrônica feita por vestibulandos, também não. Os crimes informáticos puros também não estão definidos no Código e, portanto, necessitamos incluí-los. O delito de terrorismo da mesma forma não está previsto. Veja que são pontos-chave, de muita urgência. Por outro lado, alguns delitos já presentes precisam ter uma revisão da forma como estão descritos e suas penas, como é o caso da formação de quadrilha ou bando.

O senhor acredita que haverá revisão do tempo máximo de pena aplicado no País (30 anos)?
Não, porque não acreditamos que esta seja a solução do problema da criminalidade. A solução está nas medidas preventivas, que são o caminho correto. Não dá para confiar apenas na repressão. Add to Google
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Estradas devem ter 35% mais multas por velocidade em 2011

por JOSÉ MARIA TOMAZELA/ , SOROCABA - O Estado de S.Paulo

De janeiro a agosto deste ano, foram aplicadas 1.943.249 multas por excesso de velocidade nas rodovias estaduais de São Paulo, conforme dados do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). A média de 243 mil multas por mês deve crescer nos últimos meses do ano com o aumento no volume de tráfego no período de férias escolares e feriados prolongados. A previsão é de que o total de multas por infração ao limite de velocidade nas estradas chegue a 3,1 milhões neste ano. O aumento no número de autuações deverá ser de 35% em relação ao ano passado, quando foram aplicadas 2,3 milhões de multas.

O salto no número de multas supera o crescimento da frota total de veículos do Estado, que não deve chegar a 10% no ano todo. De janeiro a agosto, o número de veículos em circulação passou de 21,6 milhões para 22,5 milhões, aumento de 5%, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Em parte o que pode explicar o número maior de multas é o aumento na fiscalização das rodovias. A Polícia Rodoviária Estadual passou a contar com mais 60 radares do tipo inteligente, isto é, com tecnologia para identificar, pelos caracteres das placas, os veículos em situação irregular. Agora, já são 102 desses equipamentos de alta precisão para flagrar, com baixíssima margem de erro, o excesso de velocidade.

O uso desses aparelhos levou a um aumento de quase 100% no número de apreensões de veículos nas rodovias estaduais. A apreensão, em média, de 10 mil veículos por mês lota os pátios das operadoras de guincho contratadas pelo DER.

No total, pelo menos 575 equipamentos de medição da velocidade operam em rodovias administradas pelo DER ou pelas concessionárias. Um em cada quatro desses radares é do tipo estático, operado sobre tripés por empresas prestadoras de serviços, e pode ter a localização alterada.

Filmagem. A fiscalização ainda ganhou outro aliado para reprimir abusos no trânsito: as câmeras de vigilância instaladas nas rodovias pelas concessionárias. De uma sala de controle, policiais rodoviários acompanham em tempo real a movimentação nas estradas e, além de autuar dali mesmo alguns tipos de infração, podem acionar equipes na pista para flagrar motoristas em excesso de velocidade. O modelo já funciona nos Sistemas Castelo-Raposo e Anhanguera-Bandeirantes e no Rodoanel.

Nota do Jovi: De nada adianta a fiscalização por câmeras se quando você sofre um acidente a polícia/autoridade se nega a fornecer as imagens para solucionar o acidente, isso aconteceu comigo diante de um "acidente" na Av. Rebouças com a Av. Faria Lima onde um ônibus passou o semáforo e me atingiu de moto, na ocasião o DSV subordinado a Secretaria Municipal de Transportes informou por carta que as duas câmeras do cruzamento não filmaram o acidente e tampouco o ônibus cruzando irregularmente conforme eu alego em processo que esta ocorrendo, no entanto disponibilizaram os vídeos editados e a empresa dona do ônibus (Transpass) é subordinada a SPTrans que também responde a Secretaria Municipal de Transporte, no processo a SPTrans ainda alegou que não é sua responsabilidade acompanhar processos por acidentes de trânsito. Add to Google
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Jovem atropela três no Itaim-Bibi após balada

por Marcela Rodrigues Silva, Jornal da Tarde - O Estado de S.Paulo

Um dia após a manifestação que levou 150 pessoas ao Alto de Pinheiros para um protesto contra a impunidade e a violência no trânsito, três pessoas ficaram feridas em um atropelamento na Avenida Juscelino Kubitschek, no Itaim-Bibi, zona sul da capital. As vítimas estavam paradas em um ponto de ônibus, por volta das 6h30 de ontem, quando foram atingidas pelo Honda Civic dirigido pelo estudante Nacib Mohamed Orra, de 20 anos, que perdeu o controle.

O rapaz, que não possuía habilitação, foi preso em flagrante por lesão corporal grave dolosa. Segundo o delegado Noel Oliveira Júnior, do 14.º DP, ele negou-se a prestar depoimento, optando pelo direito de falar somente em juízo. No entanto, teria falado informalmente, de acordo com o delegado, que pegou o carro dos pais sem autorização e consumiu, momentos antes do acidente, três doses de uísque.

Orra deve responder por embriaguez ao volante, velocidade incompatível com o local e ausência de habilitação. À polícia, o jovem contou também que, ao sair de uma casa noturna, pretendia parar para comer um lanche, mas perdeu o controle da direção, rodou com o carro na pista e atingiu as três vítimas. "Policiais observaram sinais técnicos de embriaguez, como fala mansa e reflexos lentos. Mas o rapaz permaneceu no local e acionou as viaturas", contou Oliveira Júnior.

Ironia. As vítimas trabalhavam como funcionários de um bar da região e aguardavam a condução de volta para casa, após deixarem o trabalho. Felipe Fatore, de 20 anos, teve fratura exposta no pé e perdeu parte de um dedo. Ele foi liberado do hospital ainda pela manhã e prestou depoimento. "Acabávamos de sair do trabalho e estava tudo bem. Mas aí vem alguém que bebe e se acha dono do mundo", disse ele, que considera o fato uma ironia. "Eu sou barman e acabo colocando a bebida na mão deles. Mas não tenho como falar para pegarem um táxi depois", lamentou.

As outras duas vítimas, Meire Miranda e Ricardo Moreira, são noivos e permanecem internados. Meire completou 27 anos ontem, no dia do acidente. "Ricardo passou por uma cirurgia e corre até o risco de perder uma perna. Eram todos amigos", contou Luis Osvaldo Fatore, padrinho de Moreira.

Ponto de ônibus. Uma colisão entre dois veículos na altura do número 444 na Avenida Europa, na zona sul, na madrugada de ontem, também destruiu um ponto de ônibus. O acidente deixou duas pessoas com ferimentos leves. Elas foram socorridas pelo serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas a hospitais da região.

Na tarde de sábado, parentes de vítimas de atropelamento marcharam em silêncio pelas ruas do Alto de Pinheiros, na zona oeste, e lançaram um abaixo-assinado para apresentar ao Congresso projeto de lei que aumenta as punições para quem bebe e dirige (www.naofoiacidente.com.br).

CRONOLOGIA

12 de abril
Embu-Guaçu

O vice-prefeito da cidade, Fernando Branco Sapede, de 48 anos, atropelou um homem. O teste do bafômetro indicou teor de álcool cinco vezes maior que o aceito.

23 de julho
Vila Madalena

O administrador Vitor Gurman, de 24 anos, foi atropelado na Rua Natingui. Um laudo apontou que a motorista Gabriella Guerrero Pereira, de 28 anos, estava alcoolizada.

17 de setembro
Alto de Pinheiros

O auxiliar de bibliotecário Marcos Alexandre Martins, de 33 anos, foi preso e depois liberado pela Justiça por atropelar e matar mãe e filha na frente do Shopping Villa-Lobos. Add to Google
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Limite na Bandeirantes passa a ser de 60 km/h

por O Estado de S.Paulo

Começa a valer hoje a redução da velocidade máxima permitida nas Avenidas Bandeirantes, Afonso D'Escragnolle Taunay, Salim Farah Maluf, Professor Luís Inácio de Anhaia Mello e Presidente Tancredo Neves, na Rua das Juntas Provisórias e nos Complexos Viários Maria Maluf e Escola de Engenharia Mackenzie. A máxima nessas vias caiu de 70 km/h para 60 km/h.

As vias formam o minianel viário de São Paulo (com as duas Marginais, que não terão mudança de velocidade) e delimitam a zona do chamado centro expandido da cidade. A medida, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), é uma tentativa de trazer mais segurança ao trânsito.

A padronização da velocidade - com redução da máxima permitida para 60 km/h - começou no ano passado. A CET já instalou 474 placas indicando os novos limites e multará os motoristas que desrespeitarem a regra. Add to Google
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dinheiro de multas paga contas da CET e obras de corredor

por O Estado de S.Paulo

Com o aumento das multas, outro debate que ganha relevância é o do destino de recursos arrecadados. O Código de Trânsito Brasileiro determina que eles sejam investidos apenas em sinalização, policiamento, fiscalização, educação de trânsito e engenharia de tráfego.

Em São Paulo, porém, a administração ainda usa parte da verba para despesas de custeio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e obras de corredores de ônibus.

"Isso está errado. Se não houvesse multas, o que seria o ideal, os órgãos de trânsito fechariam?", questiona o especialista em legislação de trânsito Julyver Modesto de Araújo.

Outro problema apontado está no Fundo Municipal de Desenvolvimento do Trânsito. Criado para separar o dinheiro de multas dos outros recursos orçamentários, o fundo deveria ser destinado aos fins previstos na legislação. A Prefeitura, porém, continua colocando recursos do Tesouro no fundo e misturando o dinheiro das duas fontes - o que torna impossível saber para onde foram os recursos de multas.

A Prefeitura afirma que 5% dos recursos arrecadados com as infrações são repassados à União. "Todo o restante foi investido em sinalização, treinamento dos agentes, programas de educação no trânsito, renovação da frota da CET, monitoramento e operação do trânsito, manutenção de semáforos, serviços e projetos de engenharia de tráfego, entre outros", diz a CET, em nota.

"Para se ter uma ideia, a modernização da frota da CET vem demonstrando ano a ano uma maior agilidade no atendimento das ocorrências. O tempo de deslocamento das viaturas e a remoção de interferências nas vias caiu de 10,6 minutos em 2010 para 9,3 em 2011", afirma a companhia. / R.B. e B.R.

4 perguntas para... Marcelo Branco, secretário municipal dos Transportes

por O Estado de S.Paulo

1. Por que a arrecadação de multas está crescendo?

Vocês estão comparando dados de multas recolhidas no caixa com dados de projeção de arrecadação. São coisas diferentes.

2. Mesmo assim, a arrecadação chegará a R$ 800 milhões, não?

Não sei se chega nisso, não.

3. Por que, apesar do aumento de arrecadação com multas de trânsito, o número de acidentes continua a crescer?

Primeiro, porque há aumento da frota. Temos 700 mil veículos a mais nesse período. Por veículo, não tem esse aumento significativo de multas. Segundo, porque temos hoje equipamentos mais eficientes do que os que tínhamos lá atrás.

4. Quais, por exemplo?

Trocamos os equipamentos fotográficos dos corredores de ônibus, porque exigiam que a cada 36 fotos um operador fosse lá trocar o filme. Hoje temos equipamentos automáticos: um mesmo aparelho flagra um número muito maior de pessoas. Você tinha situações em que 50 pessoas cometiam uma infração e, enquanto 25 eram punidas, 25 não eram. Hoje, você tem um número maior de sistemas de controle, com uma eficiência maior. Ao longo do tempo, isso vai se refletir em redução dos acidentes.  Add to Google
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Arrecadação com multas de trânsito mais que dobrará na gestão Kassab

por BRUNO RIBEIRO, RODRIGO BURGARELLI - O Estado de S.Paulo

Se as previsões da Prefeitura de São Paulo se concretizarem, a cidade vai quebrar uma marca simbólica no fim da atual gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD). No intervalo de quatro anos de seu mandato, a quantia arrecadada em multas de trânsito deverá mais do que dobrar, passando de R$ 386,1 milhões em 2008 para R$ 832,4 milhões em 2012. É como se cada dono de veículo registrado na capital fosse pagar R$ 117 em multas no ano que vem.

Números provam que as ruas e avenidas da capital nunca estiveram sob vigilância tão rígida quanto agora. Desde 2008, quando a Prefeitura voltou a investir em fiscalização, a capital ganhou 354 novos radares eletrônicos, 250 novos marronzinhos, 800 novos policiais de trânsito depois da reativação do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) e 112 câmeras que multam quem não respeita faixas de pedestres.

Por isso, o contraste com o período anterior é gritante. Na gestão 2005-2008, de José Serra (PSDB) e Kassab, a arrecadação com multas cresceu em um ritmo 38 vezes menor que na atual administração.

Outro fator que explica o grande aumento de multas de trânsito nesse período é o crescimento sem precedentes da frota de veículos. A capital ganhou cerca de 1,2 milhão de veículos desde janeiro de 2008, entre motos, carros, ônibus e caminhões. Ao mesmo tempo, Kassab apertou o cerco contra os maus pagadores - desde abril deste ano, a Prefeitura vem colocando cerca de 697 mil devedores de multas na lista de "nomes sujos" do Cadastro Informativo Municipal (Cadin), medida que diminuiu o número de inadimplentes.

Debate. A discussão sobre os efeitos dessa fiscalização na cidade divide especialistas e motoristas. Quem dirige reclama da existência de uma "indústria da multa" - isto é, um sistema punitivo que serviria mais para encher os cofres municipais do que para melhorar a educação de trânsito. A maioria dos estudiosos do tema, porém, defende o aumento da fiscalização como ferramenta de redução de acidentes, mas critica certos aspectos da atuação municipal no combate às infrações.

"O motorista que corre e reclama de ser multado é como o aluno que tira nota baixa na escola", diz o engenheiro de trânsito Luiz Célio Bottura, que atualmente é ombudsman da Campanha de Proteção ao Pedestre da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Ele diz que, dada a quantidade de infrações cometidas em São Paulo, o número de multas deveria ser até maior.

O também engenheiro Flamínio Fichmann afirma que a CET erra o foco da fiscalização. "Não há um empenho para aplicação de multas de outros delitos, como dirigir sob efeito de álcool e drogas, avançar o semáforo vermelho e o excesso de velocidade. São essas as infrações que, se fossem mais bem fiscalizadas, resultariam em redução dos acidentes", afirma o especialista.  Add to Google
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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Protesto conta violência no trânsito vai reunir famílias de vítimas no dia 15

por O Estado de S.Paulo

Uma passeata marcada para o próximo sábado (dia 15) vai reunir familiares de vítimas de acidentes de trânsito que marcaram a cidade de São Paulo nos últimos meses.

O ato é organizado pelo palestrante Rafael Baltresca, de 31 anos. A mãe dele, Miriam, de 58 anos, e a irmã, Bruna, de 28, foram atropeladas e mortas na frente do Shopping Villa-Lobos, na zona oeste, em 17 de setembro. O motorista, Marcos Alexandre Martins, responde pelo crime em liberdade.

"Queremos conscientizar as pessoas sobre como a legislação do País precisa ser mudada", disse Baltresca. "Uma pessoa faz o que ele fez e, em uma semana, já está em casa, livre." O protesto será na Avenida Arruda Botelho, em Alto de Pinheiros, na frente do Colégio Santa Cruz. O rapaz diz ter conversado com parentes de outras vítimas recentes de acidentes e espera a presença de famílias de outros Estados. Add to Google
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Mesmo com novas obras e restrições, trânsito piora 10% na hora do rush

por CAIO DO VALLE, ELVIS PEREIRA - O Estado de S.Paulo

Depois de um período de melhoras, os congestionamentos do início da noite começaram a piorar na cidade de São Paulo. Isso mostra que as restrições (como a dos caminhões, no ano passado) e obras viárias (entre elas a ampliação da Marginal do Tietê), não estão mais dando conta de aliviar o rush da volta para casa. Em setembro, a taxa de lentidão na faixa das 17h às 20h foi 7% superior ao do mesmo mês em 2010: de 86,2 para 92 km.

Os dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) apontam ainda que no horário do auge dos engarrafamentos, às 19h, a piora no trânsito foi mais intensa, de 10%. Em média, nos dias úteis do mês passado, a capital teve 129,7 km de filas no horário, 11,8 km a mais do que em setembro do último ano. Nem mesmo a Avenida dos Bandeirantes, na zona sul, duplamente beneficiada com a abertura do Trecho Sul do Rodoanel e a proibição aos veículos de carga, escapou do aumento na lentidão.

Um mês depois da abertura das novas pistas da Marginal do Tietê e do Trecho Sul do Rodoanel, em abril de 2010, estatísticas da CET mostravam que os congestionamentos haviam caído 28% na cidade. Indicadores também apontavam que, nos primeiros dias de setembro daquele ano - época em que a restrição à circulação de caminhões passou a valer -, os congestionamentos haviam caído 32% em São Paulo na comparação com 2009.

Para a CET, o que explica a recente piora são acidentes e interferências que impactaram "de forma significativa" o trânsito no mês passado. Eles ocorreram nos dois dias em que a lentidão superou os 200 km, em 2 e 30 de setembro. Além disso, segundo a estatal, embora o trânsito tenha aumentado à noite, ao longo do dia as taxas de congestionamento caíram 3% no comparativo, assim como pela manhã.

Contudo, especialistas ouvidos pela reportagem avaliam que as últimas medidas para diminuir a lentidão na cidade vêm perdendo a eficácia. O consultor de tráfego Flamínio Fichmann, ex-técnico da CET, explica que, com o tempo, é natural os níveis de congestionamento voltarem a patamares anteriores aos das intervenções. "Não significa que os investimentos não deveriam ter sido feitos, e sim que a cidade necessita de melhorias permanentes", diz Fichmann.

Para o consultor embora seja preciso aumentar os gastos com transporte coletivo, como novos corredores de ônibus e linhas de metrô, não se deve abandonar o sistema viário.

Já Horácio Augusto Figueira, mestre em Engenharia de Transportes, diz que não adianta seguir construindo mais pistas para carros. "O automóvel, que é predatório, vai tomar conta delas rapidinho. No fundo, todas as obras, seja alargamento da Marginal do Tietê ou construção de pontes estaiadas, foram inúteis. Deveriam ter aplicado mais recursos no transporte público."

Frota. Nem todos os motoristas, porém, topariam trocar o meio de locomoção. "Mesmo se existisse uma linha de ônibus que me pegasse na porta de casa e me deixasse em frente ao escritório, eu não usaria. Prefiro o carro", diz o administrador de empresas Érico Théo Ceraso, de 45 anos, que mora em Interlagos e trabalha no Itaim-Bibi, na zona sul. A assistente de planejamento Caroline Espinosa, de 24 anos, que vive na Saúde, na zona sul, e também usa carro para ir trabalhar, pensa diferente. "Rezo para criarem uma linha de fretado entre alguma estação de metrô e Itapevi (onde trabalha, na Grande São Paulo). Assim, vou abandonar o carro."

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran) emplacou, entre agosto de 2010 e o mesmo mês neste ano, 223 mil veículos na capital.

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