quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Consórcio de carro, moto ou caminhão

Criado no Brasil há 60 anos, os consórcios reúnem um grupo fechado de pessoas com um fim comum: formar a poupança necessária para a aquisição de um bem, como um carro, uma moto, um caminhão, um imóvel ou outros. Todos os integrantes realizam contribuições mensais ao grupo por um período predeterminado – 80 meses, por exemplo. A cada 30 dias, um ou mais deles são contemplados. As contribuições ao grupo continuarão a ser realizadas até que todos recebam a carta de crédito que será usada para a aquisição do bem. Existem duas formas de ser contemplado no sistema de consórcios. A primeira é por meio de um sorteio realizado mensalmente. Já a outra opção é apresentar um lance que corresponde a um percentual do valor do bem desejado – recebe a carta de crédito quem apresentar a maior proposta. 
Para entender melhor, quem opta por dar um lance em uma assembleia mensal, está, na verdade, antecipando prestações. Assim, vence a disputa quem puder antecipar o maior número de prestações possível. Já no caso do sorteio, é preciso contar com a sorte para ser contemplado rapidamente em uma das assembleias mensais, já que todos são elegíveis e têm a mesma probabilidade de ter seu nome escolhido. 

A decisão de entrar em um consórcio deve ser tomada com muito cuidado. Na opinião do professor da FGV-RJ (Fundação Getulio Vargas), Agnaldo Pereira, a pessoa deve avaliar sua situação financeira e observar se terá condições de arcar com as despesas mensais do consórcio. Especialistas financeiros sempre recomendam que o percentual da renda comprometida com o pagamento de dívidas (o que inclui as parcelas do consórcio) nunca ultrapasse 30% do total. Além disso, se estiver em um consórcio de veículo e for contemplada, a pessoa também deve estar ciente de que a compra desse bem poderá trazer novas despesas, como IPVA, seguro, combustível, estacionamento, etc. Inclua todos esses gastos na hora de fazer as contas para avaliar sua capacidade financeira. 

Consórcio ou financiamento?

Segundo especialistas, a compra à vista é sempre a melhor opção para quem quer adquirir um bem ou serviço, já que essa forma de pagamento não inclui juros nem outras taxas. Contudo, quem não dispõe de toda a quantia necessária para arcar com os custos daquilo que deseja tem no consórcio e no financiamento opções para a antecipação desse sonho. Comparando as duas últimas modalidades, no geral, o consórcio é indicado àquelas pessoas que não precisam do bem com urgência. “Se a pessoa tem um caminhão, por exemplo, e este precisa ser substituído para que ela consiga continuar trabalhando, talvez o consórcio não seja a melhor opção. Mas se o consumidor não tem urgência do bem e tem um perfil mais poupador, o consórcio é o mais indicado”, afirma o presidente executivo da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), Paulo Roberto Rossi. 

Além disso, pessoas com dificuldades em poupar podem encontrar nos consórcios uma oportunidade de desenvolver tal característica, já que o produto é, por natureza, uma forma de poupança “forçada”. Aqueles que possuem restrições de crédito também encontram nos consórcios uma alternativa para a aquisição de bens, visto que, segundo os especialistas, pessoas inscritas em cadastros de inadimplentes não encontram objeções para a participação em grupos de consórcios. Por outro lado, em caso de contemplação, o cotista deverá estar com a situação regularizada ou, em alguns casos, ao menos apresentar um fiador que se responsabilize pelo pagamento do saldo devedor – sem isso, a administradora do grupo poderá recusar a liberação da carta de crédito mesmo que o pagamento das parcelas do consórcio esteja em dia. Ainda contrapondo consórcios e financiamentos, uma das vantagens do primeiro é a ausência de cobrança de taxa de juros – um encargo sempre presente nos financiamentos. No entanto, afirma o professor da FGV-RJ, quem opta por um consórcio deve estar ciente de que terá outros gastos, como a taxa de administração, o fundo de reserva e eventuais seguros. 

Valores 

Os consórcios servem para financiar a aquisição de bens de diferentes valores – por exemplo, uma moto de R$ 10 mil, um carro de R$ 40 mil ou um caminhão de R$ 150 mil. Os prazos de contribuição costumam ser maiores à medida que o valor do bem também aumenta: até 60 meses para motos, até 80 meses para carros e até 120 meses para caminhões. Já as taxas de administração cobradas mensalmente de todos os participantes são inversamente proporcionais à duração do grupo: quanto maior o número de prestações, menor será a taxa mensal, e vice-versa. De acordo com a Abac, quando se trata de consórcios de caminhões, carros e motos, essas taxas, ficam, respectivamente, em aproximadamente 13,34% do valor do bem para um prazo de 100 meses, 13,02% para um prazo 72 meses e 16,15% para um prazo de 60 meses - sendo estes os prazos mais comuns dos respectivos consórcios.Além dessa taxa, que serve para remunerar a instituição responsável pela administração do grupo, os consórcios ainda incluem o pagamento do fundo de reserva que, no geral, varia entre 5% e 6% do valor do bem. O fundo de reserva serve para cobrir eventualidades que poderiam causar prejuízos para o grupo, como a inadimplência de algum participante. 
O dinheiro do fundo é a garantia de que todos os membros do grupo terão direito a comprar o bem desejado ao final do consórcio. Se sobrar dinheiro no fundo de reserva quando todos já tiverem sido contemplados, ele será devolvido aos integrantes de grupo de forma proporcional. Algumas administradoras de consórcio também cobram seguros como o prestamista e o de quebra de garantia – mas eles não são obrigatórios. 

Ao pesquisar consórcios de diferentes administradoras, leve sempre em consideração o custo total da operação para descobrir qual é o mais vantajoso. Da mesma forma que os bancos precisam divulgar aos clientes o custo efetivo total (CET) de um empréstimo, as administradoras de consórcio também devem mostrar claramente qual é o custo total de todas as operações para que o consumidor consiga compará-las e encontrar a mais vantajosa. “Leia o contrato, não saia com dúvida. Não acredite em promessas verbais. Tudo que estiver identificado em uma propaganda deve constar do contrato”, diz Rossi.

Correção 

Tanto as parcelas mensais como o valor da carta de crédito serão reajustadas anualmente conforme a oscilação do valor do veículo. Assim, se a pessoa escolhe um determinado modelo ao entrar no grupo e não é contemplada por lance ou sorteio no mesmo ano, passará, no ano seguinte, a valer o valor da nova versão do automóvel, moto ou caminhão. Se o valor do carro subir, portanto, a prestação mensal vai aumentar proporcionalmente, de forma que a carta de crédito concedida seja suficiente para a compra daquele bem. O mesmo acontece em caso de queda do valor do carro – algo não tão incomum na indústria automobilística. Na hipótese, do veículo sair de linha, o mesmo será substituído por um equivalente. 
A Abac lembra, contudo, que existem contratos de consórcios referenciados em automóveis cujo crédito é atualizado por algum índice de preços. Porém, mais de 90% dos contratos de consórcios de automóveis, caminhões e motos são reajustados por tabelas de preços publicadas pelas montadoras. Ainda assim, vale ressaltar que o consorciado, quando contemplado, não é obrigado a comprar o automóvel referenciado em seu contrato. Ele tem liberdade para optar pelo veículo que quiser. 

Cuidados 

Pesquisar sobre o grupo que está organizando o consórcio também é essencial. A pesquisa, segu ndo Rossi, pode ser feita no site do Banco Central, que divulga quais operadoras têm autorização para funcionar no país, além de um ranking daquelas com o maior número de reclamações. A Abac também pode ajudar, visto que possui um departamento de atendimento para esclarecer os consumidores. Segundo o professor da FGV, o maior risco de um consórcio é a quebra – ou seja, o dinheiro das contribuições não ser suficiente para que todos os integrantes possam comprar seus bens. Porém, esse risco já foi dirimido por uma série de leis e regulamentações que aumentaram a segurança dos consumidores.
Somente administradores autorizados pelo BC podem vender consórcios. O fundo de reserva cobre eventuais perdas com inadimplência dos integrantes. Quem deixa de pagar as prestações perde acesso à carta de crédito. E quem é contemplado, compra um veículo e depois fica inadimplente com o grupo será obrigado a devolver rapidamente o bem ao próprio grupo. Ainda assim, em geral, Pereira recomenda a escolha de consórcios organizados pelas próprias montadoras, que dificilmente deixarão algum deles quebrar. 

E se uma pessoa quiser sair de um consórcio, o que é preciso fazer? Os especialistas explicam que o participante pode indicar alguém para ocupar seu lugar, esperar ser sorteado para receber o que já pagou ou então pegar o dinheiro por último, quando todos já tiverem sido contemplados. Se a pessoa não deseja abandonar o consórcio, mas perdeu a capacidade de pagamento total das prestações mensais por ter ficado desempregada ou por outros motivos, a alternativa é tentar migrar para um grupo com parcelas e carta de crédito com valores mais baixos de forma que a prestação volte a caber no bolso. 
É interessante notar que uma pessoa pode tanto sair de um grupo no meio do processo quanto também entrar. Ou seja, não há problemas em aderir a um grupo que já realizou assembleia de constituição e já está operando. Isso inclusive pode ser interessante se você tem um bom dinheiro guardado e pretende dar um lance, já que as maiores ofertas de lance costumam sair logo que o grupo é constituído. Para entrar no meio de um grupo, o consumidor tem duas alternativas: comprar uma cota vaga ou uma cota de transferência. No primeiro caso, a cota está disponível à comercialização e a aquisição é feita diretamente com a administradora. Já no segundo, o interessado compra a cota diretamente de um consorciado, assumindo, integralmente, os direitos e obrigações daquele que está saindo. Fonte: InfoMoney  Add to Google
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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Pateta no volante

por Folha SP

"O homem comum é uma criatura de hábitos estranhos e peculiares", diz o narrador do desenho animado "Pateta no Trânsito - Senhor Volante", que Walt Disney lançou nos anos 1950 (veja em goo.gl/6TcGW3). 

O Senhor Walker, por exemplo, protagonista do filmete, é "considerado um bom cidadão e de inteligência razoável" mas quando ele pega no volante acontece um fenômeno estranho. 

O senhor Walker se deixa levar pela sensação de poder. Sua personalidade muda completamente". Como no clássico "O Médico e o Monstro" (de Robert L. Stevenson), no comando do carro, Walker assume uma nova personalidade, a do Senhor Wheeler, agressivo condutor que buzina, xinga, faz manobras perigosas e acelera para chegar ao seu destino. 

Os nomes fazem um sentido especial em inglês: "walker" é quem anda a pé; "wheeler", quem tem rodas... 

Qualquer semelhança com a nossa realidade não é mera coincidência. Infelizmente, o Brasil está cheio de Patetas no trânsito. Como o senhor Wheeler, acreditam que podem se portar feito animais violentos porque gastam uma fortuna em impostos e, portanto, merecem correr o quanto podem pelo asfalto que pagaram. 

O mau comportamento se espraia por todas as classes. Os carros de qualquer tipo e valor desrespeitam igualmente as leis de trânsito. Por isso, o índice de acidentes e mortes provocados pelo trânsito por aqui não é de todo surpreendente, embora insuportável. Segundo a CET, 19 pessoas são atropeladas por dia em São Paulo. 

Os números são coerentes com a pesquisa da Fundação Seade segundo a qual acidentes de trânsito mataram quase 150 mil pessoas entre 1990 e 2010, só no Estado de São Paulo. O montante significa 7.500 mortes ao ano, muito mais do que em lugares sob eterno conflito militar, como Israel e Palestina. 

Além de imprudente, o Pateta motorizado paulistano é violento. Não bastasse a barbeiragem cotidiana, ele também provoca 70 ocorrências diárias por causa de brigas geradas no trânsito. Ou seja, basta entrar num carro que o "homem cordial" semelhante ao Sr. Walker se torna uma besta agressiva, que buzina, xinga e pode até bater por causa do tráfego, como o Sr. Wheeler. 

No Brasil, a taxa de mortes no trânsito é quatro vezes maior do que nos EUA. Não é de se chocar. Afinal, são muito mais comuns os "rachas" de carros e parece ser maior o número de condutores alcoolizados. Além disso, o policiamento ostensivo, dia e noite, é muito maior nos EUA. 

No afã de gastar dinheiro em obras, os governantes brasileiros economizam em zeladoria, restringindo o policiamento de tráfego a números reduzidos quando a experiência americana mostra que a onipresença de guardas de trânsito, 24 horas por dia, provoca um maior respeito às regras e aos sinais. O comportamento do americano no trânsito certamente melhorou muito desde que Disney fez os filmetes com o Pateta ao volante. Parte dessa evolução se deve também ao fato de que os EUA acordaram mais cedo para os problemas criados pela prioridade ao automóvel como solução para mobilidade. 

A prefeitura, que tem priorizado o transporte público, poderia também zelar pelos "walkers". Fossem feitas mais campanhas de conscientização e educação no trânsito, como a que melhorou o respeito às faixas de pedestre, mais paulistanos poderiam largar sua personalidade "wheeler"... 

Fonte: Folha   

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

CET implanta faixa de ônibus na Sumaré sem desativar motofaixa

por G1

Carros têm apenas duas faixas para circular na avenida da Zona Oeste. Prefeitura de SP tinha anunciado desativar motofaixa nesta segunda. 

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou nesta segunda-feira (18) uma faixa exclusiva de ônibus na Zona Oeste de São Paulo antes de apagar a sinalização da motofaixa. A administração municipal tinha anunciado que a faixa para as motos seria desativada para dar lugar à destinada ao transporte coletivo, que tem 3,9 km e passa pelas avenidas Antártica, Sumaré, Paulo VI e Henrique Schaumann. 

Nesta manhã, os motociclistas continuavam utilizar a motofaixa e os motoristas ficavam restritos a apenas duas faixas, como mostrou o Bom Dia São Paulo. Os coletivos terão prioridade à direita em ambos os sentidos dos corredores citados, de segunda a sexta-feira, das 6h às 20h, e aos sábados, das 6h às 14h.A ação faz parte da Operação Dá Licença para o Ônibus, que tem como objetivo priorizar a circulação do transporte coletivo na cidade, diminuir o tempo de viagem dos usuários e melhorar os padrões de conforto e segurança do transporte público. 

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), trafegar pela faixa exclusiva de ônibus é uma infração leve, que gera perda de três pontos na carteira e multa de R$ 53,20. Motofaixa A motofaixa que funciona próximo ao canteiro central se estende por 3 km em cada sentido das avenidas Sumaré e Paulo VI, desde a Praça Marrey Junior até a Rua Lisboa. Segundo a companhia, a implantação dessa faixa exclusiva não representou um aumento da segurança dos motociclistas. Um levantamento da CET mostra que houve um aumento de 152% na quantidade de acidentes com vítima envolvendo motocicletas.

Embora em 2012 nenhum motociclista tenha morrido nas avenidas Sumaré e Paulo VI, eles se envolveram em 58 acidentes de trânsito com vítima contra 23 ocorrências registradas em 2006, ano de implantação da motofaixa. Em contrapartida, serão implantados bolsões para a espera semafórica para motocicletas e bicicletas, do Projeto Frente Segura, nos principais cruzamentos das avenidas Sumaré, Paulo VI e Antártica. 

Esses bolsões serão implantados entre a faixa de pedestres e os automóveis. 

A nova faixa exclusiva de ônibus passará pelos seguintes trechos: 

- Na Av. Antártica, logo após a Rua Barão de Tefé até a Praça Marrey Junior; 
- Na Av. Sumaré, em toda a sua extensão; 
- Na Av. Paulo VI, em toda a sua extensão; 
- Na Av. Henrique Schaumann, no trecho entre a Avenida Paulo VI e a Rua Cardeal Arcoverde.

Fonte: G1.com  

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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Capitão América vai acelerar nova Harley de 750cc em continuação do filme

por Infomoto


A Harley-Davidson surpreendeu a todos ao lançar a nova linha Street (750 e 500cc) no último Salão de Milão, que aconteceu na semana passada. Afinal, há muito se falava que a marca americana trabalhava em motos de média cilindrada, mas ninguém esperava que os modelos fossem lançados agora. 

Entretanto, o mundo inteiro já tinha visto a nova H-D Street 750 em ação. Isso mesmo, no último trailer do “Capitão América 2: o soldado invernal'', lançado no final de outubro, o herói da Marvel já aparecia pilotando o modelo, que muitos (nós, inclusive) tentaram identificar, mas sem sucesso. 

Agora com o lançamento das novas motos, a H-D divulgou um comunicado explicado que a tal Harley desconhecida que o Capitão América pilota nas cenas de ação é a nova Street de 750cc. Além disso, o personagem Steve Rogers (a identidade civil do herói) irá pilotar no dia-a-dia uma H-D Breakout. 

Fonte: Infomoto   

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