Motocicletas, qual o final dessa estrada?
por José Eduardo Martins Pinto Villanova
Pilotar uma motocicleta pelas estradas brasileiras é uma aventura inesquecível. Um infindável tapete, com inúmeras variações de buracos, que só se interrompe quando surge uma via pedagiada cortando o território nacional. Essas mesmas vias pedagiadas também parecem escolher o melhor caminho para atravessar o território nacional, uma coincidência. Se apontarmos para o mapa, veremos que elas são únicas. Vez por outra surge um atalho, serpenteando as montanhas ou fazendas, em ótimo estado para a travessia, mas só de animais.
O motociclista tem pela frente, na cidade ou na estrada, a qualquer hora, o invisível mundo do risco. Enquanto ainda tratados indevidamente nas cidades, por culpa de abordagens equivocadas, nas estradas são companheiros e solidários dos motoristas e aprendem a conviver com o perigo. O conhecimento obtido em suas viagens pelo Brasil é reconhecido pelos que labutam nas estradas, ao contrário do que pensam os burocratas de plantão em Brasília.
Ainda que, no mapa ou o lado de um caminhão de muitos eixos, o motociclista pareça ser um ponto na imensidão do território brasileiro, ao sairmos de casa nos damos conta de outra realidade: a falta de fiscalização; falta de conservação das vias e das placas de sinalização; visível mudança na qualidade do asfalto quando nos afastamos das cidades; curvas mal projetadas; viadutos e pontes em péssimo estado de conservação; entroncamentos e cruzamentos mal sinalizados e encobertos; motoristas de carros sem habilidade e experiência em estrada; motoristas de carros que não conhecem as possibilidades e limitações de uma motocicleta; quebra-molas em pistas federais e sem sinalização; e por aí vai uma grande relação de causas de acidentes. Isso e muito mais que as estatísticas das autoridades não abordam estão presentes no dia-a-dia das estradas nacionais, nas cidades e nas vias não pedagiadas.
Por outro lado, e o mais importante, essa relação materializa o desinteresse da gestão administrativa, responsável pela efetiva adoção de soluções autênticas para os problemas de infra-estrutura nas pistas e rodovias. É, assim, co-autora dessas atrocidades e tragédias no trânsito. É mais fácil colocar a culpa no usuário e multá-lo; é mais fácil vender a estrada do que arrumar a casa primeiro; é mais fácil arrecadar para os fundos sem comprovação e retorno para a sociedade, como o imposto do DPVAT, do que investir em educação; é mais fácil mandar colar adesivos em capacetes, mudar cores de placas e impor o uso de coletes mirabolantes do que implementar um curso de educação e pilotagem defensiva.
Pior, como pode um Detran contabilizar as multas como receita para sobreviver? Será por isso que não querem educar esse povo? Quando será que as nossas autoridades interpretarão corretamente que educação é segurança! Será que a opção pela educação no trânsito de todos os condutores ainda pode ser adiada? Será que este vácuo existente entre autoridades de trânsito e as motocicletas, de uso profissional ou não, ainda permanecerá em vigor? Será essa distração a melhor forma de manter o "status quo" das rodovias federais, estaduais e municipais? Será essa forma certa de tratarmos os motociclistas, eleitores e cidadãos de bem como culpados por utilizar um veiculo de locomoção mais ágil, a motocicleta, que ajuda o país a crescer? Aonde iremos parar então, qual o final dessa estrada?
Pilotar uma motocicleta pelas estradas brasileiras é uma aventura inesquecível. Um infindável tapete, com inúmeras variações de buracos, que só se interrompe quando surge uma via pedagiada cortando o território nacional. Essas mesmas vias pedagiadas também parecem escolher o melhor caminho para atravessar o território nacional, uma coincidência. Se apontarmos para o mapa, veremos que elas são únicas. Vez por outra surge um atalho, serpenteando as montanhas ou fazendas, em ótimo estado para a travessia, mas só de animais.
O motociclista tem pela frente, na cidade ou na estrada, a qualquer hora, o invisível mundo do risco. Enquanto ainda tratados indevidamente nas cidades, por culpa de abordagens equivocadas, nas estradas são companheiros e solidários dos motoristas e aprendem a conviver com o perigo. O conhecimento obtido em suas viagens pelo Brasil é reconhecido pelos que labutam nas estradas, ao contrário do que pensam os burocratas de plantão em Brasília.
Ainda que, no mapa ou o lado de um caminhão de muitos eixos, o motociclista pareça ser um ponto na imensidão do território brasileiro, ao sairmos de casa nos damos conta de outra realidade: a falta de fiscalização; falta de conservação das vias e das placas de sinalização; visível mudança na qualidade do asfalto quando nos afastamos das cidades; curvas mal projetadas; viadutos e pontes em péssimo estado de conservação; entroncamentos e cruzamentos mal sinalizados e encobertos; motoristas de carros sem habilidade e experiência em estrada; motoristas de carros que não conhecem as possibilidades e limitações de uma motocicleta; quebra-molas em pistas federais e sem sinalização; e por aí vai uma grande relação de causas de acidentes. Isso e muito mais que as estatísticas das autoridades não abordam estão presentes no dia-a-dia das estradas nacionais, nas cidades e nas vias não pedagiadas.
Por outro lado, e o mais importante, essa relação materializa o desinteresse da gestão administrativa, responsável pela efetiva adoção de soluções autênticas para os problemas de infra-estrutura nas pistas e rodovias. É, assim, co-autora dessas atrocidades e tragédias no trânsito. É mais fácil colocar a culpa no usuário e multá-lo; é mais fácil vender a estrada do que arrumar a casa primeiro; é mais fácil arrecadar para os fundos sem comprovação e retorno para a sociedade, como o imposto do DPVAT, do que investir em educação; é mais fácil mandar colar adesivos em capacetes, mudar cores de placas e impor o uso de coletes mirabolantes do que implementar um curso de educação e pilotagem defensiva.
Pior, como pode um Detran contabilizar as multas como receita para sobreviver? Será por isso que não querem educar esse povo? Quando será que as nossas autoridades interpretarão corretamente que educação é segurança! Será que a opção pela educação no trânsito de todos os condutores ainda pode ser adiada? Será que este vácuo existente entre autoridades de trânsito e as motocicletas, de uso profissional ou não, ainda permanecerá em vigor? Será essa distração a melhor forma de manter o "status quo" das rodovias federais, estaduais e municipais? Será essa forma certa de tratarmos os motociclistas, eleitores e cidadãos de bem como culpados por utilizar um veiculo de locomoção mais ágil, a motocicleta, que ajuda o país a crescer? Aonde iremos parar então, qual o final dessa estrada?
Em discussão no tópico:
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