quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Experiência com a renovação de CNH

por Jovi Marcos (opinião pessoal sobre o processo de renovação da CNH)

Estive no Poupa Tempo da Praça da Sé em São Paulo para renovar minha CNH, chegando na recepção fui informado de que deveria ter agendado e portanto não poderia ser atendido e que a agenda estava lotada para os próximos 10 dias.

O senhor que me prestou a informação também disse que para agendar, seria apenas via site do Detran/SP, uma senhora ao meu lado dizia: "Não sei usar esse negócio de Internet!", o atendente respondeu: "Só assim, para agendar...". Acho que essa senhora se não tiver alguém para ajuda-la terá muita dificuldades de resolver isso...

Já de volta em casa, entrei no site do Detran/SP para agendar... dentre várias opções havia a possibilidade de agendar para a cidade de Cotia/SP no Ciretran para o dia seguinte, escolhi essa...

Protocolo de agendamento gerado, dizia apenas para comparecer ao Ciretran escolhido com cópia de RG, CPF, CNH e comprovante de residência... na hora marcada. Cheguei no dia seguinte com 30 minutos de antecedência e uma mulher que falava que maneira grosseira apenas disse para me dirigir a uma porta à esquerda no final do corredor, ela mal olhou para o papel.

Na porta indicada duas mulheres conversavam, uma com o notebook e a outra na mesa, discutiam sobre um relacionamento de uma amiga que havia terminado... entreguei o papel e a moça de forma só respondeu: "CNH e cópia de comprovante de residência", ok... entreguei o solicitado, e uma terceira mulher entrou na sala... começaram a discutir sobre manicure... uma mostrou para a outra como estavam as unhas e discutiram os preços para fazer a mão... a que segurava meu protocolo esticou a perna para poder mostrar os pés para a que havia chegado por último... isso causa um certo nervosismo em quem esta ali esperando para ser atendido... mas na parede estava escrito: "Desacatar servidor público no exercício de suas funções é crime..."

Esperei a conversa terminar calmamente... bem calmamente... ela então me entregou um protocolo e disse para me dirigir a outra sala... quando me dirigia a essa sala notei que a mulher que estava com o notebook estava no Facebook. Ela se levantou e foi para a mesa dela... lá havia um computador e o notebook aberto no Facebook ficava ao lado do micro.

Na outra sala uma outra mulher começou os procedimentos, tirar fotos digitais e todas as impressões digitais. Na mesa dela, também havia um computador e um notebook, adivinhem... aberto com o Facebook. Por duas vezes enquanto a máquina processava as digitais ela deu uma espiadinha no Facebook, isso comigo na mesa... concluído... voltei na primeira mulher e ela disse que eu devia ir fazer o exame médico que ficam em frente ao Fórum... eu perguntei a ela onde ficava... mais uma vez ela respondeu: "Em frente ao Fórum", parece engraçado não é mesmo? Insisti e expliquei que era novo na cidade e não sabia onde ficava o Fórum... ela disse nessa mesma rua... genial... um nível de precisão enorme... sai da sala com o protocolo do exame na mão e solicitei informações a um policial da Guarda Municipal, ele me explicou que o Fórum ficava na mesma rua a cerca de 1.000 metros dalí...

Nossa, como faz sol... que calor... andei até a clínica e lá fui recepcionado por uma garota... gentil e atenciosa, pegou o protocolo, deu entrada no sistema e me pediu para aguardar... a médica logo me chamou... fiz o exame que recolheu mais algumas impressões digitais e voltando a recepção a garota deu baixa no processo no sistema e me cobrou a taxa de R$61,00 do exame. Ela me devolveu os papéis e disse que eles deviam ir para "minha pastinha", não entendi, mas elogiei o atendimento dela e sai.

Voltei ao Ciretran, dessa vez na subida... ao chegar na recepção a mulher grosseira não estava lá... então fiquei na fila... quando cheguei ao balcão na minha vez a pessoa me disse que devia ir ao Banco do Brasil pagar uma taxa de R$91,00 e apresentar um formulário que vendia na Papelaria da esquina juntamente com uma pastinha de cartolina que ficaria com eles para guardar o processo. Perguntei onde era o Banco e a papelaria e a mulher me explicou que o Banco ficava a 10 metros depois da Clínica onde fiz o exame. Pô, paciência tem limite... perguntei por que não me disseram isso antes... e ela tentou explicar que a informação seria dada pela mulher grosseira se eu tivesse passado por lá antes... eu respondi que falei com ela... ela sorriu e disse:



Isso é Brasil, sinto muito!


Ouvir isso de um servidor público no exercício de suas funções não tem preço... lamentável... chega realmente ser triste... isso sim é um crime!

Sai dali e fui ao Banco do Brasil, mais 2.000 metros de ida e volta... a essa altura o sol de meio dia é implacável... voltei e já passei na Papelaria...

Pedi o formulário e a pastinha... a mulher me entregou uma cópia (vulgarmente conhecida como Xerox) de um formulário que foi feito no Word, ridículo que poderia ser feito a mão e uma pastinha que era uma cartolina cortada em A3 (o dobro de uma folha sufite) dobrada ao meio sem nada, lisa... o total R$2,00. Uma cópia a R$1,00 e a cartolina dobrada R$1,00.

Parecia uma piada de muito mal gosto... mas é sério... o formulário:



Voltei no Ciretran e pedi para a mulher grosseira uma caneta para preencher o "formulário", ela disse que não podia emprestar por que só tinha uma e sugeriu perguntar para as pessoas se alguém poderia me emprestar, apontando para um senhor japonês que tinha uma no bolso... o senhor já estava alí... nervoso...eu que não vou mexer com o velho samurai... eu olhei no balcão e na outra extremidade havia um porta canetas com uma caneta dentro... fui até lá, peguei a caneta e preenchi o formulário.

Voltei a grosseira e mostrei para ela a "minha pastinha"... sem maldade... ela conferiu os documentos e preencheu um protocolo de papel ridículo... seguido de um: "Volte em 15 dias úteis".

Para passar por esse processo tem de ter paciência, por que como dizia o ditado se tiver "força" você termina por matar alguém...



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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Polícia desmonta esquema de roubo de Harley-Davidson

por Ricardo Valota


SÃO PAULO - Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prenderam dois homens envolvidos em um esquema de roubo e adulteração de motos de luxo em São Paulo - veículos da marca Harley Davidson eram o principal alvo dos bandidos.

Alisson de Melo Silvestre e Arnold Pereira dos Santos, a dupla responsável pelo esquema segundo a polícia, escolhiam os alvos durante encontros e eventos de motociclistas e era considerada referência em negócios com essas motos.

As motos Harley-Davidson roubadas tinham o chassi remarcado com numeração inexistente e recebiam nova documentação. Durante as apurações, os agentes detectaram cadastros suspeitos, com registros recentes para motocicletas aparentemente antigas. Segundo o delegado Sérgio Alves, a montadora informou não ter produzido motos com as numerações pesquisadas.

A fraude foi descoberta quando a equipe cruzou as informações de ocorrências com essas motos e os registros de órgãos de trânsito.

A remarcação do chassi era feita para parecer original,e a nova documentação era confeccionada em órgãos de trânsito de cidades da Grande São Paulo. Em alguns casos, o ano de fabricação era alterado para até uma década antes, o que permitia a venda do veículo por valores baixos sem chamar a atenção.

Nas investigações, que começaram em junho, os policiais recuperaram 31 veículos, todos da marca Harley Davidson, avaliados em R$ 2 milhões. Três destas motos, uma com detalhes em ouro, foram achadas na última sexta-feira, 9, no Parque de Exposições Imigrantes, onde ocorre o Salão da Motocicleta.


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Deic desmonta esquema de adulteração de motos


por RICARDO VALOTA - Agência Estado

Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais prenderam dois homens envolvidos em esquema de roubo e adulteração de motos de luxo em São Paulo. O esquema, apelidado de "moto fantasma", foi descoberto por agentes da 4ª Delegacia de Investigações Sobre Fraudes contra Seguros da Divecar.

Após roubadas, motos Harley Davidson tinham o chassi remarcado com numeração inexistente e recebiam nova documentação. Durante as apurações, os agentes detectaram cadastros suspeitos, com registros recentes para motocicletas aparentemente antigas. Segundo o delegado Sérgio Alves, a montadora informou não ter produzido motos com as numerações pesquisadas.

A fraude foi descoberta quando a equipe cruzou as informações de ocorrências com essas motos e os registros de órgãos de trânsito. Alisson de Melo Silvestre e Arnold Pereira dos Santos, dois dos principais responsáveis foram indiciados. A dupla, segundo a polícia, escolhia os alvos durante encontros e eventos e era considerada referência em negócios com essas motos.

A remarcação do chassi era feita para parecer original,e a nova documentação era confeccionada em órgãos de trânsito de cidades da Grande São Paulo. Em alguns casos, o ano de fabricação era alterado para até uma década antes, o que permitia a venda do veículo por valores baixos sem chamar a atenção.

Nas investigações, que começaram em junho, os policiais recuperaram 31 veículos, todos da marca Harley Davidson, avaliados em R$ 2 milhões. Três destas motos, uma com detalhes em ouro, foram achadas na última sexta-feira (9), no Parque de Exposições Imigrantes, onde ocorre o Salão da Motocicleta. 


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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Multa de trânsito chegará mais rápido


por RODRIGO BURGARELLI - Agência Estado

Os temidos talões de multa dos marronzinhos que fiscalizam o trânsito de São Paulo estão com os dias contados. A partir desta quinta-feira, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai começar a testar nas ruas seu novo sistema de multas online, que serão registradas pelos agentes por meio de um computador de mão. A promessa é de que o novo modelo acelere o trâmite burocrático das autuações e diminua a ocorrência de erros na tramitação das multas.

Os primeiros testes foram iniciados às 10h desta quinta-feira, quando os 20 primeiros marronzinhos começaram a anotar infrações como furar o sinal vermelho ou ignorar placas de Pare nos computadores portáteis - eles já possuem o equipamento desde meados de agosto, onde já registravam ocorrências de trânsito como acidentes ou bloqueios de vias. A ideia é que, até o fim do ano, 200 agentes de fiscalização já estejam treinados e com o equipamento pronto para registrar as autuações.

Depois disso, uma nova rodada de treinamento será feita, até que todos os 2.100 fiscais da CET estejam habilitados a usar o novo sistema. Batizado de Auto de Infração de Trânsito Eletrônico (e-AIT), o equipamento de multa eletrônica terá também uma pequena impressora portátil, que será necessária para imprimir autuações que devem ser afixadas no veículo infrator, como estacionamento irregular, por exemplo.

"Hoje, tudo é feito no auto de papel. Com a mudança, queremos que o tempo de processamento dessas multas diminua consideravelmente, o que vai beneficiar tanto a CET quanto os motoristas, que terão acesso mais rápido às autuações", afirma Rosa Maria Mendes Marques Jodas, gestora de trânsito da Assessoria de Fiscalização da companhia.

Trabalho duro

Atualmente, existe uma equipe cujo trabalho diário é escanear e digitar todos os dados de todos os talões de multas dos marronzinhos - só em 2011, foram 9,5 milhões de autuações na capital paulista, um crescimento de 36% em relação ao ano anterior. "Durante esse processo, acontece de haver erros de digitação ou problema na leitura da caligrafia dos agentes, o que abre brecha para que os infratores peçam o cancelamento da multa", explica Rosa.

Com o novo sistema, segundo a companhia, esse tipo de risco será eliminado e haverá mais precisão na emissão das autuações. Além disso, a expectativa da CET é de que o tempo de processamento das multas caia de 15 dias, aproximadamente, para cerca de 2 ou 3 dias. "Hoje todos aproveitamos as novas tecnologias e a CET está acompanhando essa tendência", diz a gestora.


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Radar na Imigrantes visa ônibus e caminhões


por AE - Agência Estado

A partir de segunda-feira (12), um novo radar vai autuar caminhões e ônibus que estiverem na faixa da esquerda da Rodovia dos Imigrantes. O equipamento fica no trecho de serra, no quilômetro 52,6, sentido Capital. Motoristas de caminhões e ônibus que forem flagrados pelo equipamento serão autuados com 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação e multa de R$ 85,12. Em março, um radar foi colocado no quilômetro 48 da pista norte. Desde então, o número de acidentes caiu 23%.


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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Serra do Rio do Rastro pode ser eleita como a mais assombrosa do mundo

Rodovia tem oito quilômetros e liga a Serra ao Sul de Santa Catarina. Pelas mais de 250 curvas e lendas, o local concorre em ranking mundial.  
Serra do Rio do Rasto em Santa Catarina
Por G1.com.br - A Serra do Rio do Rastro é um dos cartões postais de Santa Catarina. A rodovia liga a Serra catarinense ao Sul do estado. São oito quilômetros com paisagens de encher os olhos. No trajeto entre Bom Jardim da Serra até Lauro Müller são mais de 250 curvas. 
Algumas delas difícil de fazer, que causam medo na hora de passar pela estrada. A altura, o declive, tudo isso faz da Serra um trajeto temido. Além disso, o local guarda muitos mistérios e lendas e por isso foi colocado em um ranking de 14 locais mais assombrosos do mundo, com os quais concorre pelo topo da lista. 
No site que promove o concurso, é possível votar e eleger a Serra do Rio do Rastro como a mais assombrosa do mundo. Para participar da votação, acesse o site .

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Até 2017, carros terão de consumir 13,6% menos


por CLEIDE SILVA, ESTADO - O Estado de S.Paulo

Em menos de dez anos, a frota circulante do Brasil cresceu 60% e hoje está próxima de 35 milhões de veículos. Embora boa parte seja movida a etanol, combustível menos agressivo ao meio ambiente, ainda é muito poluente em relação aos padrões de países desenvolvidos. Reduzir essa diferença, tornando os carros brasileiros mais econômicos e mais limpos é uma das metas do novo regime automotivo, chamado de Inovar-Auto.

Lançado pelo governo brasileiro em outubro, após mais de um ano de negociações, o Inovar-Auto estabelece que até 2017 os carros novos terão de consumir 13,6% menos combustível em relação ao índice atual. Significa que terão de percorrer, em média, 15,9 km por litro de gasolina e 11 km por litro de álcool.

Empresas que conseguirem desenvolver produtos ainda mais econômicos, com capacidade de rodar 17,2 km/l com gasolina e 11,9 km/l com álcool terão benefício extra de redução de 2 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Se investir em novas tecnologias, por exemplo na área de segurança, terá direito a mais 2 pontos de corte.

Um carro popular nacional (com motor 1.0) de uma fabricante habilitada pelo regime automotivo recolherá 7% de IPI a partir de janeiro, mas essa alíquota poderá cair a 3% se todas as etapas do programa forem cumpridas. Essa redução resultará em importante fator de competitividade do produto.

Em paralelo à redução de consumo, os carros terão de diminuir as emissões de poluentes em igual proporção. A exigência do regime é que, até 2017, cada automóvel emita, em média, 135 gramas de CO² por km rodado, meta que aproxima os veículos brasileiros aos de países desenvolvidos. A Europa estabelece 130 gramas de CO² por km rodado até 2015 e 95 gramas até 2020. Já os EUA, onde veículos de grande porte como picapes e utilitários esportivos são maioria na frota, pretendem chegar a 154 gramas em 2016.

"Nosso objetivo é garantir carros equiparáveis aos lá de fora e também exportáveis", diz Bruno Jorge Soares, especialista da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Ele lembra que, por ter grande participação de veículos compactos e movidos a etanol, a frota brasileira já tem bons níveis de eficiência, "mas só isso não é suficiente para competir no mundo".

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Antonio Megale, é preciso levar em conta que a Europa tem mix maior de carros a diesel, a eletricidade e híbridos. Além disso, a gasolina local, assim como a usada nos EUA, é pura, sem a mistura de etanol, o que muda a forma de medir consumo e emissões.

Megale vê o novo regime como "ambicioso" e ressalta que "todas as montadoras terão de aprimorar seus motores com novas tecnologias como injeção direta de combustível e sistema de queima mais eficiente". Os carros terão de ser mais leves, com melhor aerodinâmica, usar pneus de baixo atrito e sistemas como o Start/Stop, que desliga o motor quando o condutor está parado no trânsito.

Carros mais eficientes são uma demanda cada vez mais urgente no Brasil. As montadoras calculam que, até 2020, os brasileiros deverão consumir entre 5 milhões e 6 milhões de veículos anualmente. Neste ano as vendas já devem atingir volume recorde de 3,8 milhões de unidades, 5% maior que o de 2011.

Com o rejuvenescimento da frota nos últimos anos, o veículos também são menos agressivos ao meio ambiente por incorporarem novas tecnologias.

Evolução. Apesar do atraso em relação aos padrões mundiais, os automóveis brasileiros já evoluíram muito nos últimos anos. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), seriam necessários 28 veículos atuais para gerar o mesmo nível de emissões de um veículo produzido em meados dos anos 80.

Com tecnologia desenvolvida no Brasil, os carros flex deram importante contribuição a esse processo. Lançado em 2003, o sistema que permite ao consumidor abastecer o tanque com etanol ou gasolina equipa mais de 80% dos veículos vendidos no País. Antes disso, em meados dos anos 70, o País também foi pioneiro na produção de veículos com motor 100% álcool.

O fato de o Brasil ter adotado a política do carro flex, porém, acaba sendo um complicador para atingir metas globais de consumo, pois são necessárias mudanças na calibração do motor, por exemplo. "Só por ser flex, nosso carro já tem consumo maior em relação ao europeu", exemplifica Alessandro Rubio, do Centro de Experimentação e Segurança Viária.

Outro combustível alternativo que reforça a matriz energética veicular brasileira é o biodiesel. Desde 2010, o diesel distribuído nos postos de todo o território tem 5% de biodiesel, obtido de óleos vegetais extraídos da soja, algodão, girassol e canola, entre outros. Assim como o etanol da cana-de-açúcar, é um produto renovável.

A indústria automobilística brasileira projeta investimentos de quase R$ 14 bilhões só para desenvolver tecnologias para atender às novas normas do regime automotivo. Com isso, o programa total de aportes previsto pelo setor para o período 2011 a 2015, que inclui novas fábricas, pode chegar a R$ 60 bilhões.

Reinaldo Muratori, da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE), admite que, mesmo atendendo aos novos requisitos, o carro brasileiro continuará atrasado em relação aos europeus, mas ressalta que "se o País continuar nessa toada, vamos estar com eles em alguns anos".

Comentário Motos Custom: É por isso que a imprensa diz que as motocicletas são mais poluentes que os carros, por que embora ocupem menos espaço nas cidades e tenham melhor eficiência em "km/l" não tem incentivos para desenvolvimento tecnológico e vivem de um atraso de 15 a 20 anos em relação aos carros.


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Veículo elétrico vale a pena?


por CELSO , MING - O Estado de S.Paulo

Quem quer um carro elétrico quer um carro verde, um carro ecologicamente correto, que não polui nem contribui para o aquecimento do Planeta.

Mas estamos longe disso. Para ser ecologicamente correto, não basta que um automóvel não ejete gás carbônico (CO²) pelo escapamento. É preciso perguntar primeiro como é obtida a energia elétrica que o move. Hoje, nada menos que 81% da energia global provém da queima de derivados de petróleo e carvão. Não adianta grande coisa substituir o escapamento pela chaminé. A atenuante é a de que, nas centrais térmicas, o gás carbônico produzido pode ter controle mais eficiente do que o emitido pelos escapamentos.

No entanto, à medida que os motores à explosão na frota global de veículos fossem substituídos pelos elétricos, seria necessário ver de que modo seria gerada tanta energia elétrica. Ou seja, enquanto não se obtiver uma fonte não poluidora e renovável de energia, o carro elétrico enfrentará graves limitações.

Essas são objeções sérias ao "carro do futuro" - como o designa o brasileiro Carlos Ghosn, presidente do grupo Renault-Nissan. Mas há outras.

Há mais de dez anos, engenheiros e cientistas tentam desenvolver uma bateria eficiente, mas não foram muito longe. As mais avançadas pesam cerca de 500 quilos - trambolho que compromete o desempenho e a autonomia do veículo. Os entusiastas observam que essas coisas começam assim. Por exemplo, o primeiro computador ocupava o andar inteiro de um edifício; e os primeiros celulares eram um tijolão.

Em todo o caso, mesmo depois de progresso tecnológico, as baterias de computadores, celulares e câmeras fotográficas não conseguem armazenar energia mais do que para algumas horas de uso. E é preciso, também, resolver o problema do recarregamento.

Os que apostam no carro elétrico lembram que a recarga pode ser feita à noite. Ainda assim, cada garagem teria de ter instalações elétricas especiais que, provavelmente, implicariam aumento da capacidade de todo o sistema. Mas como resolver o problema de tantos edifícios e de tantas casas, no Brasil e no mundo, que não dispõem de garagem? E quem tem de deixar o carro na rua fará o quê?

A Renault desenvolveu projeto que prevê troca da bateria nos postos de combustível. Trata-se de operação que não leva mais do que alguns minutos. O problema aí é que a bateria corresponde a cerca de metade do preço do carro elétrico. Quem se sujeitaria a trocar um equipamento tão caro cujo estado de conservação não conhece? E qual seria a seguradora que daria cobertura a um veículo que, na primeira parada, poderia ser vítima de troca de gato por lebre?

Há ainda a questão da autonomia. Os carros elétricos não aguentam mais do que 140 km ou 150 km sem recarga. É claro, o avanço da tecnologia sempre poderá baixar esses números. Cabe perguntar, também, quem, afinal, precisaria de uma autonomia superior a 150 km por dia na cidade? Talvez os taxistas ou os entregadores. Ora, mesmo quem, na média, não roda mais do que 30 km por dia tem de estar preparado para viagens de 200 km ou 300 km. E não se pode desprezar os problemas causados pelo descarte das baterias. Hoje, a reciclagem das baterias dos celulares e dos computadores continua sem solução.

Finalmente, há o obstáculo do preço. Até agora não foram fabricados (e vendidos) carros elétricos por menos de R$ 120 mil por unidade - caros demais em comparação com os convencionais. Os poucos modelos vendidos na Europa e no Japão contam com subsídios de até US$ 6 mil cada um. Até quando os governos e instituições públicas podem pagar esse pedaço da conta para tornar o produto atraente?

Aí é preciso, sim, levar em conta cálculos de escala. A partir do dia em que uma montadora puder fazer ao menos metade de seus carros movidos à eletricidade, os preços ficarão mais baixos. Mas quanto mais baixos? Alguns lembram que a produção em massa de carros elétricos mudaria toda a indústria. Milhares de fábricas de autopeças desapareceriam. E uma rede de proporções não desprezíveis de empresas de manutenção (serviços de mecânica) teriam de se reciclar ou fechar as portas. Mas, convenhamos, é do jogo. Como tantas vezes é lembrado, a indústria de lâmpadas também levou à falência milhares de fabricantes de velas.

Enfim, o carro elétrico continua sendo uma aposta complicada. É por isso que algumas montadoras, como a Ford e a Toyota, fizeram outra opção: desenvolver carros híbridos, em que o motor elétrico é alimentado por energia gerada por queima de um combustível num motor à explosão.

Diante dessas e de outras eventuais considerações, por que não seguir apostando no carro a álcool, ao menos no Brasil?


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Veículo elétrico ainda longe do consumidor


por LUIZ GUILHERME GERBELLI, ESTADO - O Estado de S.Paulo

O mercado de veículos elétricos no Brasil ainda está mais focado em desenvolver projetos de caráter experimental do que atrair amplamente o mercado consumidor. Um dos grandes entraves para o desenvolvimento de um consumo em massa é o alto preço desse tipo de automóvel no País, relacionado à falta de incentivos governamentais e à elevada carga tributária.

O carro elétrico recolhe no Brasil 55% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), incluindo o aumento de 30 pontos porcentuais em vigor para importados. Modelos populares nacionais, por exemplo, pagam 7%.

O cenário adverso não impede, porém, que estudos sejam feitos para identificar a viabilidade de veículos elétricos e a infraestrutura necessária. Um consórcio entre EDP, Instituto de Eletrotécnica e Energia, da USP, Fundação Instituto de Administração e Sinapsis quer identificar, por exemplo, o impacto do carro elétrico no País no sistema de distribuição de energia. "O objetivo é saber como o carro elétrico impacta para uma empresa de energia", afirma Paulo Feldmann, coordenador do projeto.

Em setembro, foi inaugurado um posto de carga rápida para carros elétricos no campus da USP. Nele, o carregamento para 180 quilômetros demora até 30 minutos. No carregamento lento, o abastecimento pode levar até oito horas. De acordo com Feldmann, existem 70 carros elétricos no Brasil, número insignificante em relação ao de países asiáticos, europeus e nos EUA. Na China, são 780 mil veículos e, no Japão, 400 mil.

Na cidade de São Paulo, é possível encontrar dois veículos elétricos num ponto de táxi nas esquinas da Avenida Paulista e Rua da Consolação. Lançado em junho, é um projeto feito em parceria entre Prefeitura, Renault-Nissan, AES Eletropaulo e Associação das Empresas de Táxi de Frota do Município de São Paulo. O projeto terá dez unidades do Nissan Leaf, primeiro carro 100% elétrico produzido em larga escala no mundo.

"Queremos avaliar a questão logística dentro do objetivo de estimular o uso de veículos com menor potencial poluidor", afirma Maria Tereza Vellano, diretora Regional da AES Eletropaulo - empresa que ficou responsável por importar os carregadores. A empresa também enxerga esse mercado como um novo modelo de negócio que começa a surgir.

Já a Cemig é parceira do projeto Veículo Elétrico. O projeto é fruto de um acordo de cooperação firmado pela Itaipu Binacional com a empresa suíça KWO - Krafwerke Oberhasli AG. Ao todo, 18 empresas estão na iniciativa - a Fiat é responsável pela plataforma mecânica.

A CPFL também realiza estudos para o desenvolvimento de carros elétricos. "Desenvolvemos projetos em três frentes: parceria com pioneiros no fornecimento de veículos 100% elétricos, desenvolvimento de equipamentos de carregamento e desenvolvimento de baterias nacionais", afirma o diretor de Estratégia e Inovação da CPFL Energia, Fernando Mano.

Para orientar esse mercado, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) - em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Ministério de Ciência e Tecnologia e o BNDES - está desenvolvendo o projeto Agenda Tecnológica Setorial para estudar prioridades para o desenvolvimento tecnológico na área de mobilidade elétrica.

"Estamos reunindo todo o material produzido nos últimos três anos e aproveitando os incentivos do Inovar-Auto para tentar elencar algumas prioridades na questão da mobilidade elétrica. O governo não tem medidas específicas, mas estuda prioridades de apoio", diz Bruno Jorge Soares, especialista da ABDI.

O fato de o mercado brasileiro ser ainda pequeno não impede que as montadoras busquem ganhar espaço. O Mitsubishi iMiEV já está em testes São Paulo e no Rio - no mundo, foram vendidas 30 mil unidades. No ano que vem, a Toyota inicia a venda do Prius, modelo híbrido movido a eletricidade e gasolina, por R$ 120 mil. A Ford tem o Fusion Hybrid, primeiro híbrido comercializado no Brasil.


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